Manutenção deixa HU "às escuras" pelo segundo dia
De acordo com a assessoria de comunicação, interrupção é temporária
Uma manutenção programada de equipamentos deixou corredores do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) no escuro durante o início da noite desta quarta-feira (15), em Campo Grande.
Em imagens, encaminhadas ao Campo Grande News pelo canal Direto das Ruas é possível observar que vários setores estão sem iluminação, por exemplo. "Estou com a minha avó de 68 anos internada na ala cirúrgica. É uma situação muito complicada, ainda mais nesse calor", disse uma acompanhante de 28 anos.
"Ontem ficamos das 8 às 18h sem luz, tomando água quente nesse calor enquanto aguardávamos uma resposta. É desesperador", relatou outro acompanhante, de 44 anos.
Conforme noticiado, o Humap ficou 9 horas sem luz após um pombo cair na rede elétrica, estourar o transformador e interromper a distribuição de energia.
À reportagem, foi informado que haveria interrupção no fornecimento de eletricidade para que equipamentos fossem reparados de forma correta. No entanto, a assessoria de comunicação ressaltou que a situação desta quarta não tem relação com o apagão registrado ontem.
"Entendemos que está fácil ficar sem energia elétrica, ainda mais com esse calor. Mas essa manutenção é essencial para evitar incidentes. Todos os pacientes que necessitam de aparelho estão sendo atendidos normalmente por geradores. Já os demais, precisam ter paciência", diz o texto.
A acompanhante Alaides Andrade, de 32 anos, reclamou do "calorão" e ainda denunciou a falta de anestesistas que causam o atraso de cirurgias eletivas e não eletivas. Ela estava no Hospital acompanhando a tia, de 64 anos, que fez cirurgia de amputação de um dos pés no sábado (11). “A minha tia não conseguiu almoçar direito, porque como a cirurgia é recente ela está com dificuldade em se equilibrar. Como está sem energia não conseguiram arrumar a cama, que é elétrica, para que ela pudesse ficar sentada”, disse.
Outro equipamento afetado foram os ventiladores, que são levados para o hospital pelos próprios pacientes. "Nesse calor de 40°C, não tem como ficar sem energia? É revoltante isso. Eu saí de lá com a blusa toda molhada, estava muito calor, parecia um forno no quarto”, comentou.
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