Médico é gravado fumando dentro de unidade de saúde
Homem estava em uma roda com outros servidores; moradora esperava atendimento da neta flagrou a situação
Vídeo gravado na manhã desta quinta-feira (27) mostra um servidor fumando dentro da USF (Unidade de Saúde da Família) da Mata do Jacinto, em Campo Grande. Segundo a autora da denúncia, o homem seria médico da unidade e estaria reunido com colegas de trabalho no momento da gravação.
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Um vídeo gravado na USF Mata do Jacinto, em Campo Grande, mostra um servidor, supostamente médico, fumando dentro da unidade. A denúncia foi feita por Janilde Borges, que estava no local com a neta para vacinação. A prática é proibida pela Lei Antifumo e por normas do Ministério da Saúde. A Prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde foram questionadas sobre a identidade do homem e as medidas a serem tomadas, mas ainda não responderam. A situação gerou indignação entre os frequentadores, que já enfrentam problemas recorrentes na unidade.
A filmagem foi feita por volta das 9h por um morador que acompanhava a mãe no local. Foi ela quem enviou o relato ao Campo Grande News. Janilde Borges, motorista de 52 anos, conta que havia levado a neta para se vacinar e, enquanto aguardava atendimento, notou o cheiro forte de cigarro vindo de um grupo de pessoas.
Na imagem, o homem aparece sentado, com algo na na mão, aparentemente um cigarro, conversando com outras pessoas também de jaleco. O homem ergue a cabeça e solta fumaça. Ao fundo, há armários e utensílios que indicam se tratar de um ambiente de uso coletivo dentro da estrutura pública.
Janilde, que é moradora da região e vai com relativa frequência à unidade, ainda reclama que a situação não é isolada. “Achei sacanagem com quem tava lá dentro. Sempre tenho problema com essa unidade, de estar fechada, de faltar remédio, às vezes somos maltratados. Achei um absurdo.”
Lei antiga e bem conhecida - Fumar em ambientes fechados de uso coletivo, públicos ou privados, é proibido pela Lei Federal nº 9.294/1996, a chamada Lei Antifumo. A norma foi reforçada pelo Decreto nº 8.262/2014, que eliminou os “fumódromos”. No caso de unidades de saúde, a proibição é ainda mais rigorosa, conforme estabelece a Portaria nº 300/2006 do Ministério da Saúde.
A reportagem solicitou posicionamento da Prefeitura de Campo Grande e da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), questionando a identidade do homem que aparece no vídeo, seu vínculo com a administração municipal e as providências que eventualmente serão adotadas.
Em resposta, o município informou que está "apurando a denúncia e, caso necessário, tomará todas as medidas cabíveis em relação à conduta relatada".
*Matéria editada às 18h10 para inclusão da posição da Prefeitura.
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