Pacientes relatam superlotação e demora na UPA Coronel Antonino
Imagens encaminhadas pelo canal Direto das Ruas mostram sala de espera lotada de pacientes
A semana começou com muita demora para atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, no bairro homônimo, em Campo Grande. Pacientes e acompanhantes que encaminharam mensagens via Direto das Ruas relataram demora acima de quatro horas.
A cozinheira Lays de Brida, de 32 anos, estava com o irmão que caiu do muro e aparentemente fraturou o pé. "Chegamos aqui por volta das 10h, já estava lotado, são mais de 14h e até agora nada". Ela complementou que haviam várias pessoas passando mal também.
A salgadeira Cláudya Mariniel relatou que uma mulher chegou com crise de alergia e estava aguardando há várias horas. "Isso aqui está um caos, eles não estão chamando. É superlotação, negligência e demora". Ela também encaminhou as imagens que mostram a sala de espera da unidade de saúde cheia de pacientes.
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de comunicação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) para questionar o motivo da demora no atendimento. Até o momento, não foi enviado nota de retorno sobre a justificativa para demora.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclareceu em nota que desde o dia 19 de agosto, a Capital registra crescimento nos casos de sintomas gastrointestinais (diarreia, vômito, dor no estômago), o que provocou superlotação em algumas unidades de saúde de urgência e emergência de saúde.
Nesta segunda-feira (9), conforme a pasta, durante a manhã, foram realizados 1.556 atendimentos nas UPAs e CRSs, uma alta de 56% na comparação com a segunda-feira passada, dia 2 de setembro, que registrou 991 atendimentos.
"A Sesau reforça a orientação para que, em caso de sintomas gastrointestinais, pacientes dirijam-se primeiro a uma USF (Unidade de Saúde da Família) que além das demandas marcadas, também atende demandas espontâneas. Em caso de sintomas mais graves, uma Unidade de Urgência deve ser procurada, onde os atendidos são efetuados de acordo com a classificação de risco. A Sesau também ressalta que mais 10 médicos foram designados para reforçar os atendimentos nas unidades com alta demanda de pacientes", completa o texto.
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