Rede pública está sem material descartável para exame preventivo
Um inquérito civil foi instaurado para apurar suspensão do serviço de coleta para exame preventivo
“Fui fazer preventivo e falaram para eu comprar o material ou esperar. Passaram medicamentos, fui pegar, está em falta. Faz tempo que estamos nessa situação precária”. O relato divulgado em um grupo no Facebook é de uma situação que muitas mulheres estão enfrentando ao procurar a rede pública em Campo Grande, a falta de material para fazer exame preventivo de câncer de útero, um dos que mais matam mulheres no País.
A situação já chegou ao Ministério Público. No dia 16 de outubro, a 32ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública da Comarca de Campo Grande tornou pública a abertura de um inquérito civil para apurar a suspensão do serviço de coleta para exame preventivo “devido à falta espéculo descartável nas unidades de saúde municipais”.
O decreto foi assinado pela promotora de justiça Filomena Aparecida Depólito Fluminhan e divulgado seis dias depois.
A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) que confirmou "falta pontual do material em algumas unidades". Segundo a Sesau, o problema já foi regularizado. “Não é possível mensurar números de pessoas que deixaram de ser atendidas no momento, entretanto todos os procedimentos foram remarcados e sendo realizados”.