“Vamos ter que subir no mato”, reclama moradora sobre rua fechada com galhos

Sem poder transitar pela própria rua. Assim amanheceram os moradores da rua Santos Monteiro, localizada no bairro Jardim Monte Alegre, em Campo Grande, que tiveram a passagem interrompida na manhã desta sexta-feira (25). Galhos de árvores foram deixados na via, fechando-a totalmente, durante a madrugada.

Marilene Chaves, de 45 anos, passa diariamente na rua com o marido e relata que o problema é recorrente e que empresas e pessoas se aproveitam a noite para jogar lixo na rua. "Aqui amanhece direto com lixo e o pessoal coloca fogo dos entulhos para abrir a passagem", explica.

A mulher, que vistoria a construção da casa do seu filho na rua, diz que os moradores que não quiseram dar a volta na quadra tiveram que encarar o mato. “Vamos ter que subir no mato com o carro também para passar”, diz.

"Ainda bem que a coleta de lixo só passa sábado aqui, senão o caminhão teria de subir no mato para passar", diz a mulher. Ela completa dizendo que os vizinhos devem torcer para não precisar de um serviço de emergência.

Segundo a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), essa prática se enquadra em crime ambiental,  no entanto, é necessário o flagrante para que a pessoa que realizou o descarte seja identificada e autuada.

A pasta aponta ainda que nos casos onde o cidadão presenciar ou notar rotineiramente o descarte irregular de resíduos em terrenos baldios, ruas e margens de córregos, as denúncias podem ser direcionadas à Patrulha Ambiental da Guarda Civil Metropolitana, através telefone 153, e nos casos em que se configurar a má conservação dos terrenos baldios as denúncias devem ser direcionadas à Semadur pelo telefone do Disque Denúncia 156.

O cidadão que for flagrado realizando o descarte irregular de resíduos pelas forças policiais responderá por crime ambiental e caso flagrado por um auditor fiscal da Semadur será autuado e terá que pagar multa entre R$ 2.478,50 e 9.914,00.

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