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Economia

"Férias forçadas" afeta fechamento da folha para pagar servidores

Aline dos Santos e Kleber Clajus | 16/05/2014 09:05
Segundo Waltemir Brito, depredação foi denunciada à Polícia. (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo Waltemir Brito, depredação foi denunciada à Polícia. (Foto: Marcos Ermínio)

A dispensa dos 580 servidores do Paço Municipal vai prejudicar o fechamento da folha de pagamento do funcionalismo público. O ponto facultativo desta sexta-feira foi em decorrência das ações de depredação praticada por aliados do prefeito cassado Alcides Bernal (PP).

De acordo com a secretária-adjunta da Semad (Secretaria de Administração), Maria das Graças Macedo, a folha é totalizada no dia 19, próxima segunda-feira.

Segundo ela, será preciso correr contra o tempo para que o pagamento dos 20.400 servidores públicos seja depositado no primeiro dia útil de junho. Neste salário, virá o reajuste para as categorias. “Vamos ter que trabalhar no outro turno, à noite, de madrugada”, afirma Maria das Graças.

Servidora municipal há 34 anos, fala com horror da ação de ontem. “Foi uma cena deprimente. Um moleque tentou abrir a minha bolsa”, diz. Os servidores foram revistados, fechaduras foram trocadas e outras salas foram trancafiadas.

Hoje, a Prefeitura pemanece fechada à espera de perícia. Segundo o secretário de Administração, Waltemir Brito, foram registrados boletins de ocorrência por invasão, vandalismo e agressão. “O que aconteceu aqui foi um crime. Mesmo com a liminar, isso não dá o direito de fazer o que fizeram. A Câmara e prefeito deveriam ter sido citados”, afirma.

No Paço Municipal, estão localizados o gabinete do prefeito, Cecom (Central de Compras), Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio), Secretaria de Governo, Seplanfic (Secretaria de Planejamento, Finanças e Controle) e parte da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).

Alcides Bernal obteve liminar judicial e reassumiu o poder por oito horas. O grupo que o apoia foi ao Paço Municipal, na avenida Afonso Pena, e protagonizou cenas que foram da lavagem do piso até a depredação. À meia-noite de hoje, o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) derrubou a decisão e manteve Gilmar Olarte (PP) à frente da gestão municipal.

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