Alimentos ficam mais baratos e Capital tem a 3ª menor inflação do País
Embora pesquisa aponte alívio no orçamento doméstico, variação acumulada nos últimos dose meses ficou acima do teto da média
Comer fora ou em casa ficou mais barato em fevereiro e os preços dos alimentos puxaram a inflação, que ficou em 0,73%, em Campo Grande. Com isso, a cidade é a terceira entre a capitais com menor alta de preços pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A inflação não foi menor em função do preço da gasolina, que subiu em todo o país.
O índice que aponta a variação do grupo alimentação na Capital teve queda de 0,77 % no último mês. O resultado tem impacto significativo no bolso do campo-grandense, porque em janeiro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) referente aos alimentos registrou alta de 2,73 %. A inflação de todos os produtos, por sua vez, foi de 1,35 % no primeiro mês do ano.
Embora a pesquisa aponte para um alívio no orçamento doméstico, a variação acumulada nos últimos dose meses ficou em 7,84 %, ou seja, acima do teto da média, que é 6,5 %. Já o acumulado no ano aumentou 2,08 %.
País - O IPCA do mês de fevereiro do Brasil apresentou variação de 1,22%, resultado próximo ao de 1,24% de janeiro. Levando em conta o dois primeiros meses do ano, o índice situa-se em 2,48%, acima do percentual de 1,24% registrado em igual período de 2014. Nos últimos doze meses, segundo o IBGE, a taxa foi para 7,70%, a mais elevada desde maio de 2005, quando atingiu 8,05%. Em fevereiro de 2014, o IPCA ficou em 0,69%.
A vilã do mês foi a gasolina, cujos preços subiram 8,42% em todo o país, em razão do aumento nas alíquotas PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que entrou em vigor em 1º de fevereiro. Com isso, a gasolina provocou impacto de 0,31 ponto percentual e foi responsável, sozinha, por um quarto do IPCA, ou seja, 25,41%. Consequentemente, os gastos com transportes subiram 2,20%, grupo que apresentou o mais elevado impacto no mês, de 0,41 ponto percentual.
O grupo alimentos, no país, teve alta de 0,81%, o que representa redução no ritmo de crescimento de preços tendo em vista a taxa de 1,48% registrada no mês anterior. Para os alimentos consumidos fora de casa, a taxa foi de 0,95%, percentual acima dos 0,74%, referentes aos produtos consumidos em casa.