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Economia

Área destinada ao milho deve crescer 75% em MS na próxima safra

Elci Holsback | 10/01/2017 13:34
Mesmo com aumento de área, produtividade deve recuar (Foto: Marcos Ermínio)
Mesmo com aumento de área, produtividade deve recuar (Foto: Marcos Ermínio)

Levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado nesta terça-feira (10) prevê crescimento de 16,1% na safra de grãos em 2017 no País, alcançando 2013,7 milhões de toneladas. A região Centro-Oeste, segundo o prognóstico, terá aumento de 20,5%, ficando atrás apenas do Nordeste, onde o crescimento deverá ser de 73%.

Levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) também divulgado nesta terça-feira prevê crescimento semelhante na safra de grãos, cereais e oleaginosas, na casa dos 15,3%, registrando 28,6 milhões de toneladas a mais do que as 186,7 milhões colhidas na última safra.

De acordo com a Conab, o acumulado no entre o final de dezembro e início de janeiro, favoreceu a retomada do crescimento das lavouras prejudicadas pela falta de chuvas registrada anteriormente.

Milho - A área plantada do grão deve registrar aumento de 75% em comparação à ultima safra, alcançando 28 mil hectares, segundo levantamento da Conab. Este aumento ocorreu devido os preços favoráveis do cereal no mercado interno. Entretanto, a relação à produtividade deve reduzir, devido fenômeno denominado estresse hídrico que acometeu a cultura em algumas regiões do estado em novembro, período em que as plantas estão em estágio inicial de desenvolvimento.

Os municípios de Sonora, Pedro Gomes, São Gabriel do Oeste, Chapadão do Sul e Costa Rica, onde se concentram a maior parte do milho verão no Estado devido às características climáticas e o uso das melhores tecnologias, devem registrar maior produtividade.

Quanto a ocorrência de pragas e doenças não há o que se destacar, sendo controladas as pragas iniciais e os eventos transgênicos estão eficientes para o controle das lagartas.

Segundo levantamento do IBGE, a última produção do grão no País produção alcançou 63,4 milhões de toneladas, 0,3% menor que a avaliada em novembro. A redução de 0,6% na estimativa da área colhida foi o principal fator responsável pela variação frente ao levantamento anterior. A produção do milho 1ª safra foi de 24,3 milhões de toneladas sendo que em Mato Grosso do Sul, houve redução de 0,3% na área colhida.

Soja - Com expectativa de crescimento de 1,6% da área plantada em relação á safra anterior, a oleaginosa tem boas expectativas de produtividade para esta safra. Contudo, segundo o levantamento, com o encerramento do plantio e a retomada das chuvas no Estado, a ferrugem asiática passa a ser a maior preocupação dos produtores, mesmo não havendo registros significativos.

A área plantada também vai aumentar em média 3,8%, registrando total de 2,52 milhões de hectares de área, comparadas à safra anterior. Isso ocorre m decorrência da incorporação das áreas de pastagens degradadas e da não renovação de contratos com as usinas de cana-de-açúcar. 

O crédito para custeio teve liberação mais rápida em relação às safras anteriore e muitos produtores acessaram o sistema de pré-custeio ofertado no primeiro trimestre de 2016, planejando melhor a compra de insumos para a produção e usufruindo de menor taxa de juros. 

Segundo levantamento do IBGE, a produção de soja em âmbito nacional na última safra foi de de 95,8 milhões de toneladas, 0,3% menor que a estimativa do mês anterior, redução absoluta 273.118 toneladas. Mato Grosso do Sul registrou queda de 0,2% na estimativa de produção, em decorrência da menor área ocupada pela cultura.

Algodão - Em Mato Grosso do Sul o levantamento da Conab apontou para diminuição na redução de intenção de plantio para a próxima safraem relação à safra anterior, com previsão de queda de aproximadamente 6,4% na área cultivada. O plantio deve atingir em torno de 28 mil hectares. Aproximadamente 60% de toda a área plantada ocorre no sistema de agricultura de precisão. Houve ainda redução expressiva da área plantada da fibrosa no Estado nos últimos anos, entretanto,como os cotonicultores que possuem algodoeiras, cujo custo de implantação e manutenção é elevado, a área deve se estabilizar e haver retomada do crescimento nas próximas safras, dependendo do mercado.

A cultura se encontra em fase de plantio na região nordeste, maior produtora de algodão do Estado, que tem nos municípios de Costa Rica e Chapadão do Sul os maiores produtores. O plantio atingiu 50% em Chapadão do Sul e 20% em Costa Rica e a fase predominante é a de germinação.

As lavouras estão em desenvolvimento dentro do esperado , devido as condições climáticas favoráveis, já que o plantio iniciou em dezembro, que coincidiu com a normalização das chuvas na região. A produtividade do algodão será maior, estima a Conab, podendo chegar aos 4.500 quilos por hectare na safra regular e a safrinha em torno de 4.100 quilos por hectare. 

O IBGE estima para 2017 safra de 3,6 milhões de toneladas de algodão, 6,9% acima da safra de 2016, mas com um recuo de 1,8% em relação ao segundo prognóstico. 

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