Áreas em 12 municípios de MS são leiloadas para produção de gás natural
Locais foram divididos em quatro blocos na costa leste do Estado e foram arrematadas por R$ 2,11 milhões
Quatro blocos de exploração de gás natural em solo sul-mato-grossense foram à leilão da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) nesta sexta-feira (4), no Rio de Janeiro (RJ), e foram arrematados pelo valor de R$ 2,11 milhões pelas empresas Eneva e Enauta Energia.
As duas formam um consórcio que terá dois anos para analisar mais profundamente a área e definir o tipo de investimento a ser realizado, o que pode tornar Mato Grosso do Sul produtor de gás natural, incrementando os negócios locais e arrecadação estadual. O investimento inicial será de R$ 45,28 milhões.
Uma das áreas arrematadas, o bloco PART-196 abrange os territórios de Bataguassu, Anaurilândia e Santa Rita do Pardo, próximos do Rio Paraná - situação que se repete no bloco PART-215, que abrange os municípios de Ivinhema, Angélica, Batayporã, Novo Horizonte do Sul e Nova Andradina. Ambos ficam no setor SPAR-CN.
Já mais ao norte de Mato Grosso do Sul, na divisa com Goiás, o setor SPAR-N foi também divido em dois blocos dentro do Estado. O bloco PART-86 abrange Cassilândia e Chapadão do Sul, enquanto o PART-99 cobre Paraíso das Águias e Camapuã.
Ao todo, são 12 municípios sul-mato-grossenses dentro da área de exploração, que deve ser oficializada até junho de 2021 com a assinatura dos contratos entre ANP e as empresas interessadas, conforme cronograma da própria agência.
Além dos blocos em Mato Grosso do Sul, o leilão da ANP resultou no arremate de outros 13 blocos. As regiões oferecidas no certame se encontram nas bacias do Amazonas, Campos, Espírito Santos, Paraná, Potiguar e Tucano.
"Essa notícia abre perspectiva real de Mato Grosso do Sul se tornar produtor de gás natural", conta o chefe da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck.
Ele ainda completa houve uma mudança significativa no mercado de gás natural no Brasil ao mesmo tempo em que foi publicada a Lei de Liberdade Econômica. "A definição e concretização dos investimentos vai depender do potencial exploratório, que será indicado após os estudos que devem ser realizados nos próximos dois anos".
A Petrobras já tinha arrematado em setembro de 2017 outro bloco localizado em Mato Grosso do Sul para a exploração de petróleo e gás natural. Na época, foram pagos R$ 1,69 milhão pela estatal, que se comprometeu a investir ao menos R$ 20,5 milhões para realizar os estudos que identificam o potencial exploratórios do local.