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Economia

Caçambeiros fazem protesto contra alta do diesel e buscam apoio da população

Pelo menos 10 motoristas fazem manifestação discreta próximo da BR-262 contra o governo federal

Silvia Frias e Cleber Gellio | 01/11/2021 08:20
Caçambeiros fazem protesto contra alta do diesel e buscam apoio da população
Caminhoneiros fizeram protesto próximo da BR-262, saída para Três Lagoas. (Foto: Marcos Maluf)

Pelo menos dez motoristas de caminhão caçamba fazem protesto na BR-262, na saída para Três Lagoas. Munidos de faixas, criticam o governo federal por conta do aumento dos gastos, principalmente, dos combustíveis e tentam atrair o apoio de todos os afetados pelos reajustes.

“A gente reivindica ações do governo federal, porque não dá para continuar com essa inércia, com essa política de preços praticadas em dólar, a gente trabalha com real e não com dólar”, disse Philipp Chaparro, em nome dos manifestantes. “Está sufocante”.

Caçambeiros fazem protesto contra alta do diesel e buscam apoio da população
Caçambeiros próximos ao Autódromo. (Foto: Marcos Maluf)

O grupo está parado às margens da rodovia, próximo ao Autódromo Internacional de Campo Grande. O local foi escolhido por ser ponto simbólico das atividades dos caçambeiros: de um lado, areeiro e, do outro, jazida de arenito (rocha usada na construção civil).

“A gente quer chamar atenção dos grandes, para que eles se unam a gente, para que a população em geral também se una”, disse o motorista. Segundo ele, o protesto está centrado nas ações do governo federal, por entender que não há motivo para criticar a política econômica estadual.

Chaparro diz que os custos aumentaram e foram repassados aos clientes, causando como efeito cascata, a queda de 20% na procura pelos serviços.

O maior impacto é com o diesel, que teve o último reajuste no dia 25 de outubro. Em

Caçambeiros fazem protesto contra alta do diesel e buscam apoio da população
Philipp Chaparro diz que custo "está sufocante". (Foto: Marcos Maluf)

Campo Grande, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo), fechou a semana custando em média R$ 5,13, variando de R$ 4,85 a R$ 5,39.

Segundo Chaparro, o transporte de 5 metros de areia, antes vendido a R$ 210, passou para R$ 250.

O motorista Sidnei Vieira Gonçalves, 42 anos, também listou os gastos que reduziram a margem de lucro da categoria. “Apertou todo mundo, hoje você vai comprar pneu que custava R$ 1 mil, agora tá R$ 1,8 mil; vai trocar o óleo, não sai por menos de R$ 1 mil, tá tudo muito difícil”, lamentou.

Em Campo Grande, são cerca de 80 caçambeiros em atividade.

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