Campo Grande registra maior aumento no preço da cesta básica do País
A batata, por exemplo, está cerca de 30% mais cara que o mês anterior ao da pesquisa
Campo Grande registrou o maior aumento, dentre 17 capitais brasileiras, no custo médio da cesta básica de alimentos. Segundo levantamento mensal, elaborado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 17 capitais, o preço, em agosto, está 3,48% mais caro que o mês anterior.
Segundo o órgão, campo-grandenses têm de desembolsar, em média, R$ 609,33 para adquirir esse conjunto de produtos. O custo seria, para uma família composta por quatro pessoas, de aproximadamente R$ 1,8 mil.
O Dieese indica que o alimento que mais encareceu foi a batata, com aumento de 30,28% no preço. Por aqui, em média, o quilo do tubérculo tem sido avaliado em R$ 3,27. Além disso, a banana ficou quase 26% mais cara, além do tomate (7,95%), café em pó (6,6%), açúcar cristal (3,62%), manteiga (1,42%) e a carne bovina (0,26%).
No entanto, o feijão carioca ficou quase 4% mais barato, além do arroz agulhinha (-3,72%), farinha de trigo (-2,82%), óleo de soja (-0,93%), leite de caixa (-0,42%) e o pão francês (-0,25%).
Por fim, segundo o levantamento, a jornada de trabalho necessária para adquirir uma cesta básica é de 121 horas e 52 minutos, o que equivale a mais da metade (59,9%) do salário mínimo atual no Brasil.
Aumento de preços - A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos aponta, inclusive, que esse valor aumentou em 13 cidades e diminuiu em quatro. Além da Capital, Belo Horizonte (2,45%) e Brasília (2,10%) tiveram os maiores aumentos. As capitais onde o custo apresentou queda foram Aracaju (-6,56%), Curitiba (-3,12%), Fortaleza (-1,88%) e João Pessoa (-0,28%).
Em valores absolutos, a cesta mais cara tem sido a de Porto Alegre (R$ 664,67), seguida pelas de Florianópolis (R$ 659,00), São Paulo (R$ 650,50) e Rio de Janeiro (R$ 634,18). Já as mais baratas são as de Aracaju (R$ 456,40) e Salvador (R$ 485,44).
Na comparação com agosto do ano passado, o valor desses produtos subiu em todo o Brasil. Com base na cesta mais cara que, em agosto, foi a porto-alegrense, o DIEESE estima que o salário mínimo brasileiro deveria ser equivalente a R$ 5.583,90, quase cinco vezes superior ao vigente, de R$ 1,1 mil.
O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.