Campo Grande tem 43 mil endividados com conta de água atrasada
Débito com a Águas Guariroba poderá ser parcelado em até 48 vezes sem juros
Um saldo de 43 mil inadimplentes com a conta de água em Campo Grande, fez com que 12% dos 360 mil consumidores na cidade ficassem endividados com a Águas Guariroba nestes 18 meses que perdurou a proibição do corte do serviço na cidade - decreto publicado pela prefeitura por causa da crise da covid-19.
Os dados foram revelados nesta quinta-feira (2), pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) e pelo chefe da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Odilon de Oliveira Junior, após reunião com a participação de representante da concessionária de água e também de vereadores.
Há um ano e meio, a Capital tinha apenas 8 mil inadimplentes, segundo a prefeitura. O número representa um aumento de 437% no endividamento. Com o anúncio da retomada dos cortes de água na cidade, deve haver uma corrida de consumidores para se regularizar, situação que fez com que fossem definidas condições especiais de pagamento.
Consumidores que estão com pagamentos da conta de água atrasados poderão parcelar a dívida com a Águas Guariroba em até 48 vezes, sem cobrança de juros, correção monetária ou multa, segundo explicaram Odilon e Marquinhos nesta manhã.
Além disso, quem pagar à vista a dívida, vai contar com descontos que podem chegar até 30%. Os detalhes do parcelamento ainda não foram definidos, já que o mesmo deve ser feito pela Águas Guariroba. A equipe comercial da concessionária se reúne neste momento e, em breve, divulgará mais informações.
Já entre os 12 mil inclusos no programa de Tarifa Social para fornecimento de água em Campo Grande, metade deles está inadimplente. Esses números mostram que os beneficiados pela taxa diferenciada somam 14% do total de endividados.
Cortes de água - A retomada do corte de água foi decidido em reunião na Câmara Municipal, após a Águas Guariroba pedir análise de reequilíbrio da tarifa por causa do impacto causado pelo não pagamento das contas na cidade nesses 18 meses.
Marquinhos e Odilon alegam que classes mais abastadas estavam deixando de pagar a conta e investindo o dinheiro. Tal comportamento foi constatado pela concessionária e pela Agereg e foi o principal motivador para autorizar a retomada dos cortes.
