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Economia

Com R$ 76 bilhões do setor privado, MS aposta em ações sustentáveis

Governador falou a empresários sobre o momento econômico de MS e desafios para desenvolvimento sustentável

Por Maristela Brunetto e Izabela Cavalcanti | 24/10/2023 12:38
Governador participou de fórum com empresários e destacou a economia e o desenvolvimento sustentável (Foto: Agência Governo/ Alvaro Rezende)
Governador participou de fórum com empresários e destacou a economia e o desenvolvimento sustentável (Foto: Agência Governo/ Alvaro Rezende)

Concentrando alguns dos maiores investimentos privados do País, Mato Grosso do Sul registra, desde 2015, empreendimentos que representam R$ 76 bilhões, informou esta manhã o governador Eduardo Riedel, ao falar durante o fórum empresarial Café com Negócios - Inspiração, Conhecimento e Networking,  em Campo Grande. Empenhado em garantir logística necessária para seguir atraindo empresas, ele apontou que o desafio é dotar o estado com infraestrutura necessária. Em seguida, em outro evento, o Fórum RCN de Sustentabilidade, ele falou sobre os caminhos para induzir o  desenvolvimento sustentável.

Conforme o governador, o poder público segue “em busca de soluções para potencializar todo o equipamento estadual e garantir desenvolvimento, bem-estar e inclusão”. Apresentando um ritmo de crescimento superior à média nacional, assim como a arrecadação de tributos, que subiu 7,56% no ano, o que é um termômetro da economia, o Estado foi escolhido por gigantes da celulose, a Suzano, com investimento de R$ 15 bilhões em curso em Ribas do Rio Pardo; e a Arauco, projetando fábrica e destinação de R$ 28 bilhões em Inocência, que se juntam a outras fábricas já instaladas. A celulose ganhou destaque na economia local, ficando somente atrás da soja em exportações e colocando o Estado como o maior exportador de produtos florestais no País.

Riedel apontou que o ritmo de crescimento vai atingir todos os setores da economia, incluindo o comércio. Este é o principal setor para a arrecadação de ICMS, representando 41,42%. Embora tenha peso relevante na circulação de recursos, a produção agrícola para exportações não paga ICMS, por conta da Lei Kandir, dos anos 90, dependendo os estados de compensação pela União.

A expansão no uso do solo para cultivo de grãos, cana-de-açúcar e florestas envolveu áreas degradadas de pastagens, conforme ele. No caso da soja, a produção ocupava 1,7 milhão de hectares entre 2009 e 2010, saltando para 4 milhões de hectares nos últimos anos. Já a área de pastagens degradadas caiu de 21 milhões para 17 milhões de hectares, segundo revelou.

Para aperfeiçoar a logística e atender as demandas da economia, ontem, o governador teve reunião ontem com o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Aloízio Mercadante, para tratar de empréstimo de R$ 2,3 bilhões, recursos para uma série de obras rodoviárias, incluindo a pavimentação de 600 km e a restauração de 300 km de estradas.

Desenvolvimento sustentável- Na palestra no evento sobre sustentabilidade, o governador mencionou o esforço para gerar créditos de carbono a partir da preservação do Pantanal e a redução do desmatamento,  apontando que o Estado registrou queda de 12% em 2022, o quarto melhor resultado no País.

Riedel ainda apontou práticas sustentáveis na produção de carnes, mencionando peixes, aves e suínos e o boi orgânico produzido por pecuaristas no Pantanal.

Conforme ele, para a próxima década os desafios no uso dos recursos naturais vão envolver mudanças no uso do solo, o desafio de alcançar o status de carbono neutro e ampliar a matriz de energia. Ao mesmo tempo, pontuou, o Estado busca ampliar a industrialização e atrair investimentos em setores de infraestrutura por meio de PPPs (parcerias público privadas) e concessões de serviços.

"Quando a gente se propõe a ser um estado Carbono Neutro em 2030, estamos mensurando e colocando política pública a serviço dessa agenda, porque nós entendemos que já é e será muito mais um diferencial para o Estado e para as próximas gerações."

Sobre a sustentabilidade, um dos temas centrais dos debates do evento, o desafio é envolver as novas gerações, que estão assumindo postos “com outra pegada, outra discussão”. Na avaliação do governador, os temas centrais na agenda pública são transição energética, sustentabilidade e segurança alimentar e podem colocar o Estado numa posição favorável. "Quando a gente olha esses dez anos passados e olha para os próximos dez anos sem dúvida temos um tesouro na mão. A gente tem uma grande oportunidade de crescer e desenvolver nosso Estado respeitando e levando muito a sério a agenda ESG (Desenvolvimento, Sustentabilidade e Governança)."

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