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Economia

Cortes em repasses vão acabar com gratuidades do Sesi e Senai, diz Fiems

Presidente da Fiems, Sérgio Longen, se manifestou após comentários do futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes

Leonardo Rocha | 31/12/2018 13:51
Presidente da Fiems, Sérgio Longen, durante evento (Foto: Divulgação)
Presidente da Fiems, Sérgio Longen, durante evento (Foto: Divulgação)

O presidente da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, voltou a se manifestar sobre o possível corte nos repasses ao “Sistema S”, por parte do governo federal, após declarações neste sentido, feitas pelo futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes. Ele afirmou que se for rompido esta parceria, vai acabar com a gratuidade nas unidades do Sesi e Senai, em todo Brasil, inclusive em Mato Grosso do Sul.

“Nós empresários estamos ansiosos e satisfeitos com as primeiras palavras do ministro Paulo Guedes de que teremos a desoneração da folha de pagamento em índices satisfatórios, que é uma demanda antiga, já que o custo hoje da oneração da folha de pagamento é inaceitável”, disse Longen.

Ele no entanto destaca que o futuro ministro tem se concentrado em relação aos percentuais do “Sistema S” e que caso este “corte” seja colocado em prática, terá que haver uam revisão na legislação, que obriga o sistema a oferecer 71% de gratuidades nos cursos do Senai e 20% no ensino básico proposto pelas escolas do Sesi.

“Nós esperamos também que o Governo pense onde vai abrigar esses alunos que estão matriculados em unidades do Sesi e Senai espalhadas por todo o Brasil. Somente os recursos do Sistema S não são suficientes para conseguir essa desoneração da folha”, observou.

De acordo com a Fiems, a intenção do novo governo é desonerar a folha de pagamento, para que empresas que destinarem a diferença entre a nova alíquota e a antiga, para gerar novos empregos, tenham desconto de no máximo 50% nas contribuições ao Sesi, Senai, Senac, Sesc e Sebrae.

A entidade destaca que a preocupação é que caso existe este “corte”, haverá um forte impacto no nível de gratuidades em todo Brasil, fazendo com que milhares de vagas deixem de ser oferecidas, para a formação de mão de obra qualificada.

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