Decreto de emergência sobre lagarta em MS deve sair amanhã
A Seprotur (Secretaria do Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo) aguarda para amanhã a publicação do decreto de emergência fitossanitária em Mato Grosso do Sul. O pedido ao Ministério da Agricultura foi feito na última sexta-feira, após a confirmação da lagarta Helicoverpa armigera em três municípios: Naviraí, São Gabriel do Oeste e Chapadão do Sul.
Com alto poder de reprodução e voracidade, a lagarta é ameaça à soja, um dos principais componentes da economia do Estado. O decreto permite a importação de agrotóxico ainda sem registro no País.
“Não tem motivo para pânico. Montamos um plano de ação e 45% das lagartas têm controle biológico” afirma a titular da Seprotur, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias. O uso indiscriminado de agrotóxico preocupa o presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), Almir Dalpasquale.
“O difícil é o clima de pânico. O produtor não tem como identificar qual é a raça [da lagarta], aplicando inseticida e eliminando até os inimigos naturais”, afirma.
Para o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária), Eduardo Riedel, ainda é cedo para mensurar o impacto da nova praga. “Temos que observar a evolução”.
Ontem, por meio da assessoria de imprensa, o ministério informou que o pedido de emergência foi feito apenas por email, mas precisava ser protocolado. O documento passa pela análise da área jurídica e o órgão ministerial decreta emergência.
O Mapa já decretou emergência fitossanitária na Bahia, Mato Grosso, Goiás e parte de Minas Gerais. Dentre as medidas de combate, estão o vazio sanitário, adoção de áreas de refúgio e a destruição de restos da cultura.
A importação de produtos agrotóxicos, que tenham como ingrediente ativo a substância Benzoato de Emamectina, também está autorizada. As propriedades que utilizarem a substância serão acompanhadas por fiscalização.