Dólar encosta em R$ 3,37 e volta a fechar no maior valor em 11 meses
Cenário domésticos, com pedido de prisão de Lula, e tensões entre EUA e China influenciaram cotação da moeda norte-americana
Em um dia marcado por instabilidades políticas no Brasil e pelo acirramento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, a moeda norte-americana voltou a subir e fechou no maior nível em 11 meses. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (6) vendido a R$ 3,368, com alta de R$ 0,026 (0,78%), no valor mais alto desde 18 de maio do ano passado (R$ 3,389).
A divisa operou em alta durante toda a sessão, fechando a semana com valorização de 2,1%. No mercado de ações, o dia também foi de instabilidade. Depois de subir mais de 1% na quinta-feira (5), o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou a sexta com queda de 0,46%, aos 84.420 pontos. O indicador encerrou a semana com queda de 0,64%.
No plano doméstico, o dia foi de tensões por causa do prazo para o cumprimento da ordem de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decretada quinta pelo juiz Sergio Moro. O prazo dado pelo magistrado para ele entregar-se à Polícia Federal acabou às 17h, sem que o ex-presidente tenha se apresentado.
No exterior, a escalada dos conflitos comerciais entre Estados Unidos e China também influenciou o mercado. Quinta-feira, o governo do presidente Donald Trump anunciou a intenção de sobretaxar mercadorias chinesas em US$ 100 bilhões, valor que se somaria à imposição de tarifas de US$ 50 bilhões anunciadas no início da semana. O Ministério do Comércio da China informou que o país asiático continuará empenhado em defender seus interesses e poderá impor retaliações adicionais aos bens norte-americanos.