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Economia

Em dia de Black Friday, consumidores enfrentam 4 horas de fila para pagar

A maioria das lojas promete descontos de até 90% em produtos com o objetivo de turbinar as vendas do mês de novembro

Viviane Oliveira e Bruna Kaspary | 24/11/2017 07:30
Após comprar durante à madrugada, consumidores se preparam para ir embora (Foto: André Bittar)
Após comprar durante à madrugada, consumidores se preparam para ir embora (Foto: André Bittar)

Os consumidores enfrentaram filas de até 4 horas nos caixas das lojas Americanas, no Centro de Campo Grande, para aproveitar as ofertas da Black Friday, a maior liquidação do ano no País. O maior movimento foi entre a meia-noite, quando a varejista foi aberta, e às 6h desta sexta-feira (24).

O dono de um restaurante na cidade, Adílson Valdez, 34 anos, foi um dos primeiros a chegar nas lojas Américas. Ele levou junto a esposa, a mãe, a filha e a irmã. Mesmo desanimado com os preços, o comerciante aproveitou para comprar alguns produtos de restaurante. “As coisas estão caras. Tem coisa que é melhor comprar pela internet. Sai mais em conta”, diz.

Adílson foi atrás de eletrodomésticos como freezer, geladeira, cervejeira, mas não encontrou os produtos que procurava. Ele mora na região do Bairro União e ficou cerca de 6h na loja. Entre compras e a espera na fila para fazer o pagamento.

Mas teve quem conseguiu comprar e ficar satisfeito com o valor que pagou nos objetos. O personal trainer Maycon Floriano, 28 anos, foi com a noiva comprar um liquidificador, mas saiu da loja com vários produtos. Ele reclamou apenas da bagunça que viu na loja durante à madrugada. “80% das mercadorias estão em promoção, mas teve muita baderna. O povo comia, jogava a embalagem no chão e não pagava o produto”, lamenta.

O casal que foi em busca de apenas um liquidificador comprou mais coisas e foi embora de motocicleta. Os dois ainda iam para o trabalho.

O movimento intenso foi durante à madrugada; hoje de manhã, por volta das 6h, o fluxo já havia diminuído (Foto: André Bittar)
O movimento intenso foi durante à madrugada; hoje de manhã, por volta das 6h, o fluxo já havia diminuído (Foto: André Bittar)

Também em busca de um liquidificador, a doméstica Tânia Rodrigues, 51 anos, não conseguiu encontrar o eletrodoméstico em conta nas Casas Bahia. A loja abriu nesta manhã, por volta das 6h30. “Vi mais barato em promoção de outra loja. “Antes de comprar vou dar mais uma olhada”, conta. Tânia também quer comprar um celular e para isso pretende gastar a sola do sapato até encontrar produtos mais em conta.

Quem ainda não saiu de casa, pode aproveitar as promoções nesta manhã. Os shoppings, por exemplo, também estão com horário especiais. O Campo Grande estendeu por mais uma hora o expediente até às 23h. Lá, será possível aproveitar descontos de até 84%. No Norte Sul, há lojas que abriram à meia-noite. As demais começam o atendimento às 8h, duas horas antes do horário normal. 

Procon - O atendimento especial feito pelo Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) para orientar consumidores durante o período de Black Friday será realizado na rua Barão do Rio Branco, entre a avenida Calógeras e rua 14 de Julho, no Centro. Os agentes estarão disponíveis das 8h às 18h oferecendo todos os serviços que normalmente são prestados na sede, localizada na Rua 13 de Junho. Também, segundo o órgão, haverá fiscalização volante no comércio para saber se os direitos dos consumidores não estão sendo violados. 

Na segunda-feira o atendimento volta ao normal das 7h às 19h ou pelo telefone 3316-9800. O Procon também tem o número 151 para denúncias.

Movimentação - O comércio de Campo Grande deve movimentar R$ 114 milhões durante a Black Friday. O valor é estimado pelo IPF-MS ( Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS) a partir de levantamento, que verificou também que 44,49% dos consumidores da Capital pretendem ir às compras nesta sexta-feira. Os descontos podem chegar a 90%.

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