Em navio no Uruguai, Riedel defende melhor navegabilidade do Rio Paraguai

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), conferiu de cima de um navio cargueiro em um porto no Uruguai, a 40 km de Montevidéu, na tarde desta quarta-feira (14), o escoamento para exportaçã de minério extraído em Corumbá.

"Estou aqui, de cima de um Panamax (navio com tamanho limite para passar no Canal do Panamá), onde está acontecendo o transbordo de minério de ferro que sai de Corumbá, desce por barcaça até Nova Palmira, no Uruguai, nesse navio aqui, um Panamax de 50 mil toneladas, que vai até um maior ainda, de 200 mil toneladas".

Segundo o governador, que à noite será recebido pelo presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, a principal discussão no país vizinho é a navegabilidade do Rio Paraguai.

"A grande discussão que a gente está tendo aqui é a navegabilidade do Rio Paraguai, que vai dar total condição de Mato Grosso do Sul, não só aumentando a sua exportação de minério, mas também fazendo navegação o ano inteiro, de soja, de milho ou de qualquer outro produto".

Uma operação com dragagem no rio tem buscado garantir o nível da hidrovia abaixo de 1,5 metro na régua de Ladário. Nessas situações, os navios só podem carregar apenas 70% da capacidade. Já quando estão abaixo de um metro, o transporte de minérios é suspenso.

Apesar do cenário crítico para os próximos meses, a articulação para garantir a logística tem se intensificado nas últimas semanas. O governador se reuniu na última semana com ministros paraguaios melhorar as condições de navegabilidade no trecho da hidrovia que passa pelo país vizinho.

"Viemos aqui conferir essa operação, discutir com as autoridades uruguaias toda essa ação que teve que deve ter um grande movimento", finaliza o governador.

Exportação para a China - De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, houve toda uma logística para viabilizar exportação de minério de ferro do Mato Grosso do Sul para a China.

“Ele é transportado por um navio chamado Panamax, que carrega 80 mil toneladas, mas pela hidrovia carrega no máximo ali a 45 mil toneladas até o Porto de Nova Palmira, no Uruguai. Depois vem para essa área onde estamos para fazer o transbordamento e completar a carga para mais 40 mil toneladas”, explicou.

Ainda estavam com a comitiva de Mato Grosso do Sul, acompanhando a operação de hoje, o diretor-presidente Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Eduardo Nery Machado Filho e o secretário nacional de hidrovias do Ministério de Portos e Aeroportos, Dino Antunes Dias Batista.

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