Em recuperação judicial, 15 empresas da Capital devem R$ 865 milhões
Há 15 empresas em recuperação judicial em Campo Grande que devem R$ 865 milhões e mais 63 que pediram falência. Os dados são do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Uma única empresa deve R$ 570 milhões.
Em 2015, nove empresas entraram com pedido de recuperação judicial e em 2016, foram três, até junho deste ano, que são: Suprimac e Bigolin. Em 2015, a rede São Bento também entrou com pedido de recuperação.
A Suprimac, especializada em produtos de escritório e informática, tem dívida que passam de R$ 12 milhões e já fechou suas quatro filiais. O grupo Bigolin, um dos maiores no setor de material de construção de Mato Grosso do Sul, está em recuperação judicial. A dívida passa de R$ 54 milhões. Já a rede São Bento reporta dívida de R$ 73,9 milhões.
De acordo com o economista Paulo Ponzini, cada empresa é de um segmento diferente. "As empresas pedem recuperação judicial não porque querem sair do mercado, mas sim, achar uma maneira de se recuperar e continuar trabalhando", afirma.
O grupo Pinesso, do ramo do agronegócio, entrou com pedido de recuperação judicial em julho do ano passado, com dívida estimada em R$ 570 milhões. O grupo é um dos maiores produtores de grãos e fibras de Mato Grosso do Sul. Na época, a empresa atribui a atual crise financeira a mudanças climáticas e variação de preço das commodities, ao pedido.
Ainda segundo os dados do Tribunal de Justiça, 90% dos pedidos de recuperação, foram aceitos. Em relação ao pedido de falência, são 63 empresas falidas na Capital, sendo três em 2015 e uma até junho deste ano. As empresas falidas têm uma dívida total de R$ 385.752.375,15.