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Economia

Famílias programam churrasco, mas com menos gente e "regado" a álcool em gel

Quem costumava reunir até 40 pessoas no Domingo teve que restringir familiares e de quebra cortou gastos na refeição

Rosana Siqueira e Maressa Mendonça | 11/04/2020 10:41
Famílias programam churrasco, mas com menos gente e "regado" a álcool em gel
Movimento em açougues do Mercadão caiu 40% em relação ao ano passado. (Henrique Kawaminami)

A Páscoa deste ano deverá ser diferente em muitos aspectos para as famílias que tinham a tradição de comer um churrasco no domingo. O isolamento por conta do coronavírus, não será 100% na Páscoa, mas as pessoas ouvidas hoje pela reportagem do Campo Grande News disseram que o encontro será restrito pela metade nas casas, regado com álcool gel e grande distanciamento.

Um indicativo desta redução pode ser visto nos açougues do Mercadão Municipal, local tradicional de compra de carne bovina suína e de aves. Hoje o movimento de consumidores era 40% menor em relação ao mesmo período do ano passado, segundo assessoria de imprensa do Mercadão, que no ano passado recebeu cerca de 5 mil consumidores nesta semana que antecede a Páscoa.

As filas para entrar são respeitadas no local para evitar a aglomeração, mas o fluxo de pessoas era pequeno, segundo os comerciantes.

Famílias programam churrasco, mas com menos gente e "regado" a álcool em gel
Martinho Pires estava comprando menos carne no açougue (Henrique Kawaminami)

Um desde clientes dos açougues que esperava para ser atendido,  era o aposentado Martinho Pires, 75 anos. Acompanhado da esposa e com máscara ele conta que normalmente na sua casa chegavam a reunir 40 pessoas no domingo de Pascoa. “Amanhã seremos apenas 8”, destacou lembrando que a casa é grande podem manter grande distância e tem muito álcool gel. Ele diz que costumava comprar at[é 10 quilos de carne para o churrasco e hoje levará apenas 5 kg. “Apenas uma filha virá. O local é grande e nInguém ficará perto. Terá muito álcool gel”, finalizou mostrando preocupação com a doença.

Famílias programam churrasco, mas com menos gente e "regado" a álcool em gel
Abaida já vise sozinha e foi apenas renovar o estoque de carne na casa (Henrique Kwaminami)

Já Abadia de Souza de 58 anos, já aproveitou a saída para comprar medicamentos e foi reabastecer a geladeira de carne. Ela já vive sozinha e explicou que as compras não tem a ver com o almoço de Páscoa. Cumprindo super isolamento, já que tem pressão alta é grupo de risco do coronavírus, ela explica que as coisas acabaram e precisou renovar estoque de carnes. “Tive que sair comprar remédio, pois tenho pressão alta. Já que saí aproveitei  para comprar coisas no Mercadão. Espero que dure até o final do mês”, acrescentou.

Famílias programam churrasco, mas com menos gente e "regado" a álcool em gel
Rosimara diz que Páscoa terá um signficiado diferente com coronavírus

A pedagoga Rosimara Ichiy, 39 anos, estava buscando carne para o almoço de domingo. Na sua casa devem ser cinco pessoas apenas já que ela mora com os pais, um casal de idosos. “Não termos como evitar o almoço familiar, mas será bem diferente. Acredito que esta Páscoa vai ser histórica, vai marcar muitas famílias que não poderão estar unidas”, salientou.

Movimento -Para os comerciantes a queda no movimento foi visível neste ano. De acordo com Juarez Soares, 42 anos que é funcionário de um açougue no local. O fluxo de clientes está bem inferior aos anos anteriores. Além disso ele observa que as pessoas estão comendo menos carne. “Normalmente gente que comprava de três quilos de carne hoje compra um quilo”, ponderou. Reflexo dos novos tempos de pandemia.

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