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Economia

Fibria vende 1,37 milhão de toneladas de celulose no trimestre e bate recorde

Priscilla Peres | 22/10/2014 18:06
Empresa localizada em Três Lagoas aumentou em 5% a venda de celulose no ano. (Foto: Fibria)
Empresa localizada em Três Lagoas aumentou em 5% a venda de celulose no ano. (Foto: Fibria)

A Fibria instalada em Três Lagoas - distante 338 km de Campo Grande, vendeu 1,37 milhão de toneladas de celulose no terceiro trimestre deste ano. O volume 3% superior ao segundo trimestre deste ano e 5% maior se comparado ao mesmo período de 2013, é o maior de vendas da história da fábrica para o período.

O recorde da empresa é ainda mais expressivo por se considerar a época do ano. "Estamos num período em que a demanda por celulose cai em função das férias de verão no Hemisfério Norte, ocasionando parada temporária das fábricas de papel, sobretudo europeias", explica o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Fibria, Guilherme Cavalcanti.

Nos últimos 12 meses, as vendas da Fibria totalizaram 5,336 milhões de toneladas, ultrapassando o volume produzido de 5,251 milhões de toneladas de celulose, possibilitando que o estoque da empresa caísse de 56 para 50 dias em setembro desse ano. O faturamento líquido neste terceiro trimestre ficou em R$ 1,75 bilhão, 3% superior ao segundo trimestre de 2014, e, nos últimos 12 meses, somou R$ 7 bilhões.

O custo-caixa de produção de celulose ficou em R$ 502 por tonelada, queda de 10% quando comparado ao trimestre anterior, principalmente pelo menor impacto das paradas programadas para manutenção e pela maior eficiência operacional das fábricas, que proporcionou redução no consumo de insumos e gastos com manutenção.

Na comparação anual, o custo-caixa permaneceu estável em função, principalmente, da intensa gestão da companhia na captura de oportunidades de venda de energia renovável e do bom desempenho das Unidades na gestão de custos.

Exportações - Por ser uma empresa que exporta mais de 90% de sua produção, a Fibria tem a maior parte de sua dívida contratada em dólar. Com isso, qualquer movimento de desvalorização do real provoca um aumento imediato no saldo da dívida quando da conversão para reais.

No terceiro trimestre, a desvalorização de 11% da taxa de câmbio impactou negativamente o resultado financeiro da Fibria em R$ 643 milhões, o que explica, em grande parte, o prejuízo contábil, sem efeito caixa, de R$ 359 milhões no período. Excluindo esse efeito de desvalorização cambial, a Fibria teria registrado um lucro líquido de R$ 94 milhões neste terceiro trimestre e de R$ 161 milhões no acumulado dos nove meses de 2014, excluindo-se também os eventos não-recorrentes dos trimestres anteriores.

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