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Economia

Frigoríficos com problemas sanitários terão de reduzir produção em 10%

Inspeção foi intensificada depois de embargo anunciado pelos Estados Unidos

Osvaldo Júnior | 27/06/2017 06:23
País vive crise da carne desde a Operação Carne Fraca, em março. (Foto: Divulgação)
País vive crise da carne desde a Operação Carne Fraca, em março. (Foto: Divulgação)

Com a suspensão norte-americana das importações da carne bovina in natura (fresca) do Brasil, as inspeções em frigoríficos de Mato Grosso do Sul e de todo o País foram intensificadas. A fiscalização está sendo feita diariamente e, caso seja encontrado alguma irregularidade sanitária, a indústria será autuada e o ritmo de produção, reduzido em 10%.

As determinações constam em memorando do Dipoa (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal), do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), conforme informou a médica veterinária Régia Paula Vilaça Queiroz, chefe substituta do Sipoa (Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal), da SFA-MS (Superintendência Federal de Agricultura de Mato Grosso do Sul).

De acordo com a Régia Paula, a determinação é para todos os SIFs (Serviços de Inspeção Federal) que atuam em frigoríficos de abate de bovinos. “Os SIFs devem reforçar a inpeção, verificando e removendo, caso encontrem, contaminações, contusões, abcessos, etc.”, afirmou a médica.

Caso sejam encontrados desvios após a inspeção, “o estabelecimento deve ser autuado e a velocidade da linha de abate deve ser reduzida, em 10%”, acrescentou a chefe do Sipoa.

Prazo – Os frigoríficos habitados a exportar aos Estados Unidos têm até sexta-feira (dia 30) para revisar seus programas de auto-controles, de acordo com outro memorando do Dipoa, informou a médica Régia Paula. Os SIFs têm o mesmo prazo para revisar seus planos de inspeção.

O Dipoa também proibiu temporariamente a exportação de dianteiro bovino aos Estados, “sem que o mesmo esteja na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras”, conforme Régia.

Embargo – A intensificação das inspeções foi impulsionada pela decisão dos Estados Unidos, comunicada na semana passada, de suspender as importações da carne bovina in natura do Brasil.

A justificativa foi sanitária – conforme o USDA (Departamento de Agricultura americano), foram verificados frequentes problemas no produto brasileiro.

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