Governador diz que ponte vai reduzir 17 dias nas exportações para a Ásia
Em Carmelo Peralta (PY), já está tudo pronto para lançamento da pedra fundamental da obra que ligará países
A principal ponte da Rota Bioceânica, que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico, será lançada nesta manhã, em Carmelo Peralta (PY). O evento marcado para às 11h, contará com a presença de autoridades do Brasil e do Paraguai para lançamento da pedra fundamental da obra.
No local, já está tudo pronto, com uma tenda e banda do Exército paraguaio. A cidade do país vizinho fica a 20 minutos de barco de Porto Murtinho (MS), localizada a 439 km da Capital. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) destacou a importância da obra para o Estado.
"A viagem dos produtos terá redução de 17 dias do que é hoje, ou seja, 17 dias a menos de navio. Esta é uma obra sonhada por muitos. Vai dar mais competitividade e integrar o turismo dos quatro países", afirmou.
A obra terá duração de dois anos e meio e custará US$ 82 milhões. O investimento será pago com recursos da Itaipu Binacional. "O grande desafio depois da obra será a integração das alfândegas dos países. Hoje, 68% das exportações são para os consumidores asiáticos", acrescentou o governador.
Ou seja, esse processo poderá baratear ainda mais o produto brasileiro e, consequentemente, torná-lo mais competitivo. Outra vantagem expressada pelo governador, foi a questão ambiental, tão discutida em torno da produção brasileira nos últimos anos.
“Todas as vias de acesso que foram ampliadas e asfaltadas já existiam, ou seja, tinham licenciamento ambiental. Toda a estrutura foi pensada por todos, governos estadual, brasileiro e paraguaio. Esse cuidado é fundamental continuarmos cada vez mais competitivos no exterior”, analisou Azambuja.
Já o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), afirmou que se fala dessa integração desde de 1999, mas apenas agora, saiu do papel. Ainda conforme o prefeito, a obra colocará a cidade no mapa das mais importantes do país para o escoamento da produção nacional.
"Porto Murtinho tem hoje 17 mil habitantes, mas o impulsionamento econômico da Rota Bioceânica poderá nos trazer investimentos e a expectativa de um crescimento populacional de 6 mil moradores a mais.
Outra percepção nossa, é a quantidade de terrenos que estão sendo comercializados e, esse fenômeno, gera arrecadação do ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis)”, concluiu Cintra.