Governo pede alterações no FCO para que granjas previnam gripe aviária
O Governo de Mato Grosso do Sul fez um pedido ao Condel/FCO (Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), para que donos de aviários possam realizar a contratação de empréstimo para a realização das adequações exigidas nas granjas. As mudanças são necessárias depois que foi confirmado dois focos de gripe aviária em uma empresa do Chile, em janeiro deste ano.
As novas normas do Governo Federal para o setor avícola são para prevenir a entrada do vírus da Influenza Aviária no Brasil.
De acordo com o secretário da Semade (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Jaime Verruck, autoridades brasileiras estão em alerta com a influenza aviária e os produtores vão precisar fazer adequações.
"Isso vai demandar recurso que muitos, principalmente os pequenos aviários, não têm disponível. Por isso o governo está pedindo ao Condel uma mudança nas regras do FCO para atender a essa demanda”, informou.
Conforme a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, a partir de agora será necessária a colocação de telas nas granjas para que aves silvestres não entrem em contato com as domésticas; tratamento da água utilizada na produção; realização de desinfecção ao redor da granja e a adoção de programa de controle de ratos.
As granjas que não se adequarem ficarão proibidas de comercializar e fazer entregas aos frigoríficos. Estas medidas, que valem para granjas de aves de corte e ovos, já vigoram no país, mas agora serão exigências de mercado. Os aviários terão um ano para se adaptar às normas.
Para Verruck, Mato Grosso do Sul e os demais Estados do Centro-Oeste já possuem plantel avícola com ótimo percentual dentro da norma, mas existem aviários que ainda não estão adaptados, mesmo nas empresas que possuem produtores integrados. "Essa adequação dos aviários é de suma importância para que o Brasil continue como o único entre os grandes produtores mundiais que nunca registrou a doença”, destaca.
De acordo com o secretário, o FCO é uma das opções competitivas de mercado para o financiamento das adequações nas granjas. “O Fundo tem esse objetivo mas precisamos que sejam feitas algumas adequações nas regras do FCO para 2017”, completa.