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Economia

Setor empresarial terá R$ 336 milhões do FCO para despesas e custeio

Priscilla Peres | 27/01/2017 12:57
Conselho se reuniu ontem. (Foto: Semade)
Conselho se reuniu ontem. (Foto: Semade)

Este ano, 30% dos R$ 1,12 bilhão disponíveis para contratação de empresários por meio do FCO (Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Centro-Oeste), serão destinados a empréstimo de capital de giro dissociado, ou seja, recursos que pode ser utilizado para o pagamento de despesas de pessoal, administrativas e custeio.

A mudança que beneficia empresários, foi aprovada em reunião do Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO que aconteceu ontem. A partir de agora R$ 336 milhões podem ser utilizados nessas condições.

Em 2017, o FCO disponibiliza R$ 2,24 bilhões em recursos que são divididos entre setor empresarial e rural. A mudança vai de encontro a vontade de governo estadual de utilização integral do recurso disponível.

“Tínhamos uma demanda muito forte dos setores apontando a preocupação com o capital de giro dissociado, neste momento, por conta das baixas vendas e a dificuldade em honrar folha de pagamento e outras despesas. Por isso a necessidade urgente da ampliação do recurso para essa modalidade. Foi um grande avanço”, afirmou o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, que preside o CEIF-FCO.

Além disso, a contratação do capital de giro dissociado poderá ser feita durante todo o ano. “Normalmente abríamos essa possibilidade de forma intercalada, mas encontramos um modelo que nos permitiu a disponibilidade de recursos até o fim do ano, utilizando a Norma do Condel”, informou o secretário.

Pelas novas regras aprovadas, os R$ 336 milhões serão liberados em partes iguais a cada trimestre pelas instituições financeiras autorizadas a fazer as operações do Fundo em Mato Grosso do Sul, como o Banco do Brasil, Sicredi e BRDE.

“Para fazer esse atendimento ao longo do ano, nós estabelecemos que os agentes financeiros poderão trabalhar a cada trimestre com 25% desse valor, o que daria hoje R$ 84 milhões por trimestre. Isso atende ao setor e permite a previsão de disponibilidade desse recurso a longo do ano”, diz Jaime Verruck.

Condições - Porém, para garantir que o recurso do FCO continuará tendo seu foco original, que são ps investimentos, foram estabelecidas algumas condições: a cada R$ 1 de capital de giro dissociado que o empresário pegar emprestado, ele deve emprestar outros R$ 3 para utilizar em investimentos no seu negócio.

“Se ele emprestar R$ 10 milhões no trimestre, em capital de giro, no final desse período ele deve ter emprestado R$ 30 milhões em investimentos”, acrescentou o titular da Semade.

Novos limites - Para desburocratizar e agilizar as contratações foram ampliados os limites das cartas-consultas simplificadas. Esse limite foi elevado de R$ 200 mil para R$ 400 mil. “Dessa forma, todas as micro e pequenas empresas do Estado poderão garantir o capital de giro dissociado direto na agência”, diz o secretário.

Para a contratação de capital de giro dissociado, os novos limites ficaram da seguinte forma: R$ 90 mil para micro-empresas; R$ 270 mil para pequenas empresas; R$ 400 mil para pequena-médias empresas; R$ 600 mil para médias empresas e R$ 800 mil para grandes empresas.

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