Governo refaz cálculos e projeto de investimento em logística fica para 2017
O governo do Estado decidiu adiar o programa de logística que investiria R$ 2,7 bilhões em pacote de melhorias em ramais rodoviários, hidroviários e ferroviários. O secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, confirmou que devido a instabilidade econômica o projeto deve ficar para 2017.
O secretário disse que o momento nacional é muito volátil e as variáveis impactam nas decisões do governo estadual. "Este é um período de cautela e juízo, além de responsabilidade fiscal. Em função de não poder equilibrar tudo isso, fica difícil tomar a decisão de lançar esse programa agora".
O projeto que foi anunciado em meados de julho, só deve sair do papel no ano que vem. Mas, Riedel esclarece que o projeto "está alinhado", inclusive com as estradas principais que devem ganhar prioridade, mas que é preciso ter cautela nesse momento.
Para tirar o projeto que beneficiaria todo o Estado, o secretário afirma que estão sendo realizadas conversas com parceiros, entre eles o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O secretário adiantou que já existem algumas obras de infraestrutura em andamento, em relação a estradas nos municípios do interior.
Contas - Na semana passada, relatório do Tesouro Nacional mostrou que o governo de Mato Grosso do Sul é um dos que mais gasta com pessoal, tendo 73,49% de suas despesas primárias comprometidas com o segmento.
Hoje, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que o estado teve uma retração das transferências constitucionais, assim como convênios e emendas que ainda não foram liberadas, nem 2015 e nem 2016.
Citou que o relatório do Tesouro mostra que a nota do Estado subiu de D+ para C-, o que é positivo. "Nós melhoramos a nota, melhorou o nosso exercício fiscal e esperamos melhorar ainda mais, tanto que vamos buscar uma nova revisão do PAF (Programa de Ajuste Fiscal)". disse.
Ele comparou a situação financeira ao estado de São Paulo."Estamos no mesmo nível deles e entendemos que para equilibrar as contas é preciso diminuir as despesas".