Governo tentará estender concessão para Ferroeste sair de Maracaju
Atualmente, edital prevê que Dourados seja ponto de partida da ferrovia que ligará o Estado ao litoral do Paraná
O governador Reinaldo Azambuja afirmou em entrevista, na manhã desta quarta-feira (17), que o Governo do Estado irá tentar expandir a concessão da Ferroeste, tronco ferroviário que interligará Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá (PR). A ideia, segundo ele, é fazer do município de Maracaju o ponto de partida, atualmente previsto para ser em Dourados, a 233 quilômetros da Capital.
"A extensão dessa concessão tem o total apoio do governo e não tenho dúvida de que, com o apoio da prefeitura do município, nós vamos conseguir fazer e ter esse ramal até Maracaju", afirmou Reinaldo.
O edital de chamamento para empresas interessadas em elaborar estudos de viabilidade econômica para o projeto foi lançado no fim de novembro do ano passado, em São Paulo. Durante o evento, o governador destacou a importância do projeto e a competição que o mesmo incentiva.
Nesta quarta-feira (dia 17), o governador participa da Showtec, feira agropecuária em Maracaju, a 160 km de Campo Grande.
"Nosso grande gargalo é a logística. Não tenho dúvidas de que a construção desse modal ferroviário é o caminho para aumentar a competitividade da produção, ampliar a oferta, os dividendos aos produtores e agregar valor aos nossos produtos", declarou.
Juntos, Mato Grosso do Sul e Paraná são responsáveis por cerca de 30% de toda a produção de grãos do país, fato que colaborou ainda mais para que fosse feita parceria entre as partes. Do 1 mil quilômetro de extensão, somente 250 quilômetros já existem, no trecho entre Cascavel e Guarapuava, o restante será totalmente novo.
Os estudos de viabilidade estão orçados em R$ 25 milhões e o custo estimado da obra é de R$ 10 bilhões. Para Reinaldo, todo o investimento renderá ainda mais lucros para o Estado. "Não tenho dúvida de que nós vamos criar um modal ferroviário de médio e longo prazo na região centro-oeste, que vai dar muita competitivamente para escoamento das nossas riquezas", afirmou ele. Nenhuma empresa tem concessão até o momento.