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Economia

Homex pode ser multada em R$ 2,5 milhões por irregularidades em obras

Luciana Brazil | 17/10/2013 10:53
Moradores flagraram esgoto à céu aberto e postaram foto no facebook.. (Foto: Reprodução/Facebook)
Moradores flagraram esgoto à céu aberto e postaram foto no facebook.. (Foto: Reprodução/Facebook)

O Procon-MS avalia multar em cerca de R$ 2,5 milhões a construtora mexicana Homex por irregularidades nas obras realizadas em Campo Grande. O valor seria referente aos 98 processos abertos contra a empresa no Procon. Ontem (16), o órgão decidiu multar a construtora em R$ 680 mil. O valor corresponde a 29 ações que já foram julgadas pelo departamento jurídico do Procon.

Depois de notificada por ofício, a empresa terá até 10 dias para recorrer da decisão. A Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social) ficará responsável por analisar a justificativa da empresa.

De acordo com o superintendente do Procon, Alexandre Rezende, muitos esforços foram feitos para que o problema fosse solucionado, mas sem firmar acordo, a decisão foi autuar a empresa.

Envolta em inúmeras irregularidades, a empresa chegou a ser multada pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) em R$ 4.516,00, depois de construir condomínios sem rede de esgoto no bairro Paulo Coelho Machado, região urbana do Anhanduizinho. Os dejetos ficavam a céu aberto e muitas vezes até invadiam as casas.

Empresa: Prometendo construir três mil casas, a mexicana Homex “quebrou” antes de concluir a obra em Campo Grande. Das 700 unidades que vendeu, não entregou 272, o que levou a Caixa Econômica a acionar seguro da Homex, no valor de R$ 3,3 milhões, para garantir aos moradores a entrega das residências.

A construtora também se comprometeu a entregar uma escola e uma praça para atender as três mil famílias que se mudariam para a região do condomínio, mas a promessa também não foi cumprida.

CPI - Em setembro, dias depois de ir para procuradoria jurídica da Câmara Municipal de Vereadores, o pedido de instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar irregularidades cometidas pela construtora foi aprovado pela Casa de Leis.

A CPI chegou a ser adiada porque a Caixa Econômica Federal se comprometeu em concluir o trabalho iniciado pela Homex. Porém, os vereadores decidiram juntar elementos para evitar a saída da empresa mexicana da Capital antes de resolver todas as pendências, principalmente no que diz respeito à construção do condomínio na região do bairro Paulo Coelho Machado.

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