Indústrias aderem ao movimento #nãodemita e mantém quase 8 mil vagas em MS
Suzano e BRF são algumas das empresas que firmaram compromisso junto ao Governo de não demitir funcionários neste período
Quase 8 mil empregos de trabalhadores de indústrias do Estado estão mantidos nos próximos 60 dias por algumas grandes empresas instaladas em Mato Grosso do Sul. Por meio de adesão ao movimento #naodemita, a indústria de celulose da Suzano em Três Lagoas e a BRF de Dourados se comprometeram a não fazer demissões e cumprir com o pagamento de funcionários e fornecedores pelos próximos 60 dias, garantindo a renda de centenas de famílias e a sustentabilidade da economia.
Somente as duas empresas tem quase 8 mil trabalhadores, sendo 6 mil da indústria de celulose e pelo menos 1.900 das unidades de aves e suínos em Dourados.
As ações das empresas estão sendo monitoradas pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) por meio do Comitê de Gestão para Monitoramento das Ações da Pasta, criado para auxiliar na orientação ao setor produtivo e acompanhar, avaliar e orientar as ações desenvolvidas pela secretaria no combate e na mitigação dos efeitos da pandemia do coronavírus (COVID-19).
Além de não demitir os colaboradores, as empresas também estão contratando pessoas temporariamente para substituir as que estão afastadas por estarem em grupos de risco. Neste momento de incertezas, a Semagro tem trabalhado para manter a atividade econômica e os empregos de Mato Grosso do Sul.
“Iniciativas como está tomadas por empresas de grande porte e com relevante participação na economia estadual são muito importantes para o Estado. Quanto mais conseguirmos manter os empregos e renda da população, mais rápida será nossa retomada econômica após a crise causada pela pandemia do coronavírus”, explica o titular da Semagro, secretário Jaime Verruck.
Celulose - No caso da indústria de celulose e Três Lagoas são 6 mil colaboradores diretos e indiretos que devem ter os empregos mantidos. A indústria não demitiu, mas decidiu suspender todas as atividades operacionais não essenciais de colaboradores próprios e terceiros e cancelar viagens, eventos, visitas às unidades e reuniões presenciais.
Os colaboradores que não necessitam estar presencialmente nas unidades para a continuidade das operações passaram a trabalhar em formato home office.
Para os colaboradores cuja presença é indispensável nas operações, a companhia adotou como ações prioritárias, por exemplo, a medição de temperatura corporal dos trabalhadores antes do acesso a fábricas ou viveiros; a distribuição de refeições individuais e espaçamento maior entre mesas e cadeiras nos refeitórios; a adoção de maior distanciamento de cadeiras em salas de controle operacionais, com sinalização visual no local; e a adoção de quarentena caso haja identificação de colaborador ou prestador de serviço com risco de contaminação.
A companhia também aumentou a frequência de limpeza e higienização de áreas comuns e determinou que, no caso dos ônibus fretados, a circulação aconteça com menos de 50% da capacidade. Todas essas ações são acompanhadas por um frequente compartilhamento de informações em todos os canais de comunicação da empresa.
“Estamos cientes da importância de manter a operação da Suzano funcionando durante esta crise. Abraçamos nossa responsabilidade em garantir toda a cadeia produtiva de itens críticos para a rede hospitalar, de saúde e alimentícia do país e do mundo”, afirma o diretor executivo de Estratégia, Gente, Comunicação, TI e Digital da Suzano, Christian Orglmeister.
“Nunca nossa atividade a plena capacidade foi tão essencial. Por isto, todas as medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde e órgãos competentes foram adotadas pela Suzano para garantir a segurança e a integridade dos colaboradores, seus familiares e da população em geral." complementou.