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Economia

Inflação recua em dezembro e fecha o ano abaixo da meta na Capital

Caroline Maldonado | 08/01/2015 10:47
Dentre os cortes que tiveram alta no preço, estão  o fígado (6,61%), filé mignon (5,23%), cupim (4,13%). (Foto: Marcos Ermínio)
Dentre os cortes que tiveram alta no preço, estão o fígado (6,61%), filé mignon (5,23%), cupim (4,13%). (Foto: Marcos Ermínio)
Setor de vestuário teve alta de 1,21%, em dezembro (Foto: Cleber Gellio)
Setor de vestuário teve alta de 1,21%, em dezembro (Foto: Cleber Gellio)

Embora tenha registrado alta e acumulado 0,44% em dezembro, a inflação em Campo Grande registrou queda de 0,10% em relação a novembro. Os dados são referentes ao IPC (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), divulgado mensalmente pelo Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Universidade Anhanguera-Uniderp.

A queda em relação ao mês anterior surpreende, já que justamente nesta época do ano os índices inflacionários são bem mais elevados. A inflação acumulada no ano de 2014 na Capital, por sua vez, recuou para 6,25%, percentual próximo ao topo da meta inflacionária estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o ano de 2014, que é de 6,5%.

Em dezembro, todos os grupos apresentaram índices de inflação positivos, entre eles o setor de vestuário (1,21%), alimentação (1,04%) e despesas pessoais (0,37%). O grupo alimentação teve contribuição de 0,26% para a inflação total, enquanto habitação e vestuário foram responsáveis por 0,06%, cada um, de acordo com o Neppes.

Os responsáveis pelas maiores contribuições para a inflação do mês de dezembro são frango congelado (0,04%), acém (0,03%), calça comprida masculina (0,02%), alcatra (0,02%), sabão em pó (0,02%), patinho (0,02%), aluguel apartamento (0,02%), feijão (0,02%), mão-de-obra de automóvel (0,02%) e costela (0,02%).

Entre os itens que mais ajudaram a segurar a inflação nesse período, com contribuições negativas estão gasolina (-0,03%), pescado fresco (-0,01%), óleo de soja (-0,01%), sabonete (-0,01%).

No último mês, o grupo habitação apresentou uma pequena elevação no índice, em torno de 0,19% na comparação com novembro. Alguns produtos/serviços que sofreram majorações de preços são saponáceo (6,45%), sabão em pó (2,68%) e lustra móveis (2,35%). Em contra partida, apresentaram redução no índice o álcool para limpeza (-4,43%), forno micro-ondas (-3,86%), lâmpada (-3,46%), entre outros com quedas inferiores.

O grupo alimentação apresentou alta significativa em relação ao mês anterior, segundo o coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas da Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza. “Este grupo sofre muita influência de fatores climáticos e da sazonalidade de alguns de seus produtos, principalmente verduras, frutas e legumes. Alguns produtos aumentam de preços ao término da safra, por exemplo”, explica.

Dos treze cortes de carnes bovina que entraram na pesquisa, somente vísceras de boi teve queda de preço de (-0,20%), já os outros cortes tiveram alta, com destaque para o fígado (6,61%), filé mignon (5,23%), cupim (4,13%). O frango resfriado teve alta de preço de 4,92% e miúdos de frango uma pequena queda (-0,29%).

Em vista dos preços, o frango continua uma boa opção para a substituição da carne bovina. “Quanto à carne suína, todos os cortes pesquisados pelo Nepes tiveram aumentos de preços, a saber: costeleta (5,76%), bisteca (2,45%) e pernil (2,08%). Certamente está havendo uma migração de consumidores de carne bovina para a carne suína, o que provocou esse aumento do produto”, comenta.

Inflação acumulada - A inflação acumulada nos últimos doze meses na Capital é de 6,25%, bem acima do centro da meta estabelecida pelo CMN, que é de 4,5%, porém abaixo do teto da meta que é de 6,5%. Com as festas de final de ano, o grupo alimentação sempre tem aumento significativo, o que já era esperado. A carne bovina, apesar da pequena demanda, continua no aumento de preço devido, principalmente, ao volume alto de exportação desse produto e a sua entressafra, conforme o pesquisador.

Nos últimos doze meses, as maiores inflações acumuladas em Campo Grande, por grupos, foram alimentação (10,81%) e educação (8,15%), ambos com inflações superiores à inflação acumulada nos últimos doze meses, de 6,25%.

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