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Economia

Limpar o nome e celular novo estão entre destinos do dinheiro do FGTS

Entre os objetivos do uso do valor, há ainda quem vai guardar o benefício

Elci Holsback e Renata Volpe Haddad | 10/03/2017 11:42
Agência cheia de gente sacando dinheiro do FGTS nesta sexta (Foto: Marcos Ermínio)
Agência cheia de gente sacando dinheiro do FGTS nesta sexta (Foto: Marcos Ermínio)

As agências da Caixa lotadas desde as primeiras horas desta sexta-feira (10) confirmam a expectativa do trabalhador em sacar o benefício. Pagar contas e comprar celulares ou eletrônicos são os principais destinos do dinheiro.

Desempregado, Celso Moraes, 42 anos, ficou surpreso ao saber que poderia sacar o valor de cerca de R$ 3 mil logo na primeira etapa de pagamento. O dinheiro será utilizado para pagar contas, suprir as necessidades nesse momento sem emprego e comprar uma TV, já que está sem um aparelho em casa.

"Fiquei feliz em saber que seria dos primeiros a sacar, já que nasci em janeiro. O dinheiro é muito bem vindo, vou usar metade para pagar umas contas e outra para comprar uma TV e ajudar em casa enquanto não tenho emprego", conta.

A atendente Miriele Isadora Miranda, 24 anos, tem cerca de R$ 900 de saldo. O dinheiro inesperado vai servir para a compra de um celular novo.

"Eu nem sabia que tinha esse valor para sacar, foi uma surpresa boa quando descobri. Vou usar para pagar umas contas e comprar um celular", relata.

"Limpar o nome" esse é o principal objetivo do maquinista Willian Bento Gomes, 38. Ele sequer sabia que esse dinheiro existia, mas a notícia da liberação do saldo fez com que saísse do bairro Pioneiros direto para a agência da avenida Gury Marques nesta manhã, para sacar cerca de R$ 1.700.

"Esse dinheiro é inesperado, mas é ótimo. Vou usar para limpar meu nome e com o que sobrar, vou comprar um celular, de no máximo R$ 900, comenta. 

Acabar com a dívida do cartão de crédito. Esse é o objetivo da agente de empréstimos Luciana Gomes Barbosa, 42 anos.

"Vou sacar R$ 1.700 e pagar o cartão, já que estou com dívida acumulada e os juros são muito altos. Já vou sacar e pagar", revela.

Há ainda quem decidiu guardar o dinheiro para emergências, como a funcionária pública Jandira Alves Oliveira, 44 anos. Segundo ela, o valor vai para uma poupança.

"São R$ 800 que não eram esperados, era um dinheiro parado e mesmo que renda pouco, vai ajudar para o futuro, para alguma necessidade", avalia.

De acordo com o presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) João Carlos Polidoro, cerca de 45% da população da Capital vai utilizar o valor do benefício para pagar contas.

Cerca de 45% do dinheiro do saque será usado para pagamento de dividas, outros 17% para compras. É um dinheiro novo circulando na economia local e que vai ajudar o Estado a sair dessa situação difícil", comenta Polidoro.

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