ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 14º

Economia

Mais uma vez MS aumenta arrecadação enquanto País vê queda

O boletim do Confaz mostrou que receita subiu 8,83%; já na soma dos estados houve queda de 6,15%

Por Maristela Brunetto | 11/12/2023 10:08
Comércio é o setor com maior presença na arrecadação de ICMS, principal tributo recolhido pelo Estado (Foto: Arquivo/ Henrique Kawaminami)
Comércio é o setor com maior presença na arrecadação de ICMS, principal tributo recolhido pelo Estado (Foto: Arquivo/ Henrique Kawaminami)

O boletim mensal de desempenho da arrecadação dos estados brasileiros, divulgado pelo Confaz, confirmou mais uma vez o bom resultado de Mato Grosso do Sul, que apresentou crescimento de 8,83% nas receitas, totalizando neste ano R$ 17.723.793.673 contra  R$ 16,286 bilhões constatados entre janeiro de novembro de 2022. Os números são especialmente positivos porque novamente o Estado apresentou balanço positivo enquanto na soma do volume arrecadado por todos os estados brasileiros com tributos locais teve queda, de 6,15%, puxada principalmente por grandes economias, como São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.

A queda na arrecadação provocou, inclusive, uma corrida de muitos estados para aumentar a alíquota modal do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Nos números nacionais, esse tributo correspondeu a 81,74% das receitas. Mato Grosso do Sul e Mato Grosso adiaram uma manifestação e no começo da semana passada acabaram por informar que não mexeriam na alíquota, que é de 17%.

No caso de Mato Grosso do Sul, em novembro o aumento da receita do tributo foi 17% superior ao mesmo mês do ano passado, somando 1,5 bilhão. No acumulado, o acréscimo foi de 7,40%. A receita saltou de R$ 13,9 bilhões em 2022 para R$ 14,9 bilhões neste ano.

O comércio é a principal fonte de arrecadação do ICMS, representando 45,8%, com combustível em segundo lugar, contribuindo com 40,87%. O setor primário, no qual se encontra a produção agrícola, contribui com 10,32%. No caso de produtos in natura para exportação, incide uma isenção, a chamada Lei Kandir, para melhorar os preços de mercado e a União apresenta uma compensação aos estados.

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

No País – O volume da arrecadação de tributos próprios de todos os estados somou R$ 700,3 bilhões, contra R$ 746,2 bilhões nos onze meses do ano passado. No acumulado de crescimento, o maior percentual foi de Rondônia. O Estado foi um dos que elevaram alíquota do ICMS, além de ter criado um tributo sobre as atividades agropecuárias, a exemplo do Fundersul, que MS tem desde os anos 90 e que neste ano pode chegar a R$ 1,6 bilhão.

No ICMS, o maior incremento veio do Rio Grande do Norte, com 16,52%, que também elevou alíquota. O secretário do Estado preside o Comsefaz, Comitê que reúne os secretários de Fazenda. Em entrevista recente, Carlos Eduardo Xavier, apontou o movimento dos aumentos de alíquota como uma necessidade para recompor perdas de arrecadação e também apresentar um resultado mais positivo para a definição das futuras compensações previstas na Reforma Tributária.

O governador Eduardo Riedel apontou exatamente o bom desempenho da economia do Estado, e o reflexo disso na arrecadação, como o motivo para não defender o reajuste do percentual de ICMS sobre produtos e serviços. Esse cenário não é momentâneo. Na peça orçamentária que o governo enviou em outubro à Assembleia apontou os resultados da arrecadação desde o ano de 2014, revelando que a partir de 2019, os valores verificados foram melhores do que a previsão orçamentária, em especial de 2020 a 2022.

Nos siga no Google Notícias