Mesmo com queda de 5%, preço de gás de cozinha continuará alto em MS
Com o repasse, valor médio reduziria para R$ 71,82, alta de 12% em um ano
Mesmo que a redução do preço da gás de cozinha chegue integralmente ao consumidor final, o produto continuará caro em Mato Grosso do Sul, considerando a variação acumulada em um ano. A Petrobras anunciou diminuição de 5% no preço do produto vendido nas refinarias a partir desta sexta-feira (19). Com repasse, no mesmo patamar, pelas revendas, o valor médio cai para R$ 71,82 no Estado, 12,4% a mais que o custo médio de 12 meses atrás, de R$ 63,89.
A redução do preço do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) resulta de mudanças nos para aplicação de reajustes conforme justificou a Petrobras. Outras alterações ocorrerão nos dias 05 de abril e 5 de julho, sempre acompanhando a volatilidade dos valores internacionais.
“Acreditamos que estes novos critérios permitirão manter o valor do GLP referenciado no mercado internacional, mas diluirão os efeitos de aumentos de preços tipicamente concentrados no fim de cada ano, dada a sazonalidade do produto”, afirmou a estatal em nota.
O preço médio de GLP (sem tributos) comercializado nas refinarias da Petrobras será de R$ 23,16. “Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas por nós podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores”, observa.
Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostram que o gás de cozinha é vendido em Mato Grosso do Sul pela média de janeiro a R$ 75,60. Com a redução em 5% (caso haja essa redução ao consumidor final), o preço médio ao consumidor do Estado cai para R$ 71,82.
Apesar dessa diferença, o valor seguirá relativamente alto se comparado com o avanço da inflação. O IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), calculado pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), da Uniderp, acumulou alta de 2,6% durante 2017. A alta, de 12,4%, é quase cinco vezes acima da inflação acumulada em 12 meses.