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Economia

MS tem 134 mil desempregados e taxa de desocupação aumenta para 9,8%

Em um ano, número de pessoas sem emprego cresceu em 30 mil

Osvaldo Júnior | 18/05/2017 15:55
Construção civil foi o setor que mais desempregou (Foto: Arquivo)
Construção civil foi o setor que mais desempregou (Foto: Arquivo)

Mato Grosso do Sul fechou o primeiro trimestre deste ano com 134 mil pessoas desocupadas. Nos últimos cinco anos, esse número cresceu 47,25% – em 2012, eram 91 mil sem ocupação.

Na comparação com mesmo período de 2016, quando havia 104 mil desocupados, a alta é de 28,84%. São 30 mil desocupados a mais.

Os dados fazem parte da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

São consideradas desocupadas pelo IBGE pessoas que estão disponíveis ao mercado, mas não estão trabalhando. Aposentados, crianças, estudantes que ainda não entraram no mercado de trabalho ou quem nunca trabalhou e nem pretende fazê-lo não são classificados como desocupados.

De acordo com a PNAD, a taxa de desocupação em Mato Grosso do Sul é de 9,8% no primeiro trimestre deste ano, dois pontos percentuais acima da taxa do mesmo intervalo de 2016. No mesmo comparativo, o nível de ocupação reduziu de 59,7% para 59%.

Em números absolutos, isso significa que 30 mil pessoas da população economicamente ativa entraram para a estatística de desocupação nos últimos 12 meses.

A construção civil foi o setor que mais impactou negativamente a taxa de desocupação em Mato Grosso do Sul. Na comparação entre os três primeiros meses deste ano (104 mil trabalhadores) e de 2016 (117 mil), a retração no número de pessoas trabalhando na construção recuou 11%. São 13 mil profissionais a menos em um ano.

Rendimento – Mesmo com o avanço do desemprego, o rendimento médio real (considerando as perdas com a inflação) aumentou 5,24% do primeiro trimestre de 2016 (R$ 1.982) para mesmo período deste ano (R$ 2.086). No entanto, caiu se comparado com o o valor dos últimos três meses do ano passado (R$ 2.093).

Os profissionais que trabalham por conta própria contabilizaram queda de rendimento de 5,4%, de R$ 1.646 para R$ 1.557. Trabalhadores do setor de alimentação também tiveram perda de renda: de R$ 1.423 (janeiro a março de 2016) para R$ 1.284 (mesmos meses deste ano). A variação é de -9,76%.

A massa de rendimento real (soma das rendas originadas de todos os trabalhos) totalizou R$ 2,538 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 5,7% em relação ao montante de R$ 2,401 bilhões verificados em iguais meses de 2016.

População – A PNAD também apresentou números estimados da população. Conforme a pesquisa, a população de Mato Grosso do Sul é de 2,635 milhões de pessoas. O aumento é de 5,7% em cinco anos. São 157 mil a mais na comparação com 2012, quando havia 2,478 milhões de habitantes no Estado.

A população economicamente ativa cresceu 9,6% em cinco anos, passando de 1,913 milhão em 2012 para 2,097 milhões de pessoas neste ano.

País – Conforme o IBGE, a taxa de desocupação no Brasil está em 13,7%, com altas verificadas em todas as regiões. O rendimento médio real dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$ 2.110) nas regiões Sudeste (R$ 2.425), Centro-Oeste (2.355) e Sul (R$ 2.281), enquanto Nordeste (R$ 1.449) e Norte (R$ 1.602) ficaram abaixo da média.

A massa de rendimento médio real dos ocupados (R$ 182,9 bilhões de reais para o país com um todo) com maior registro regional no Sudeste (R$ 95,1 bilhões).

MS tem 134 mil desempregados e taxa de desocupação aumenta para 9,8%
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