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Economia

MS terá que aumentar qualificação para atender demanda de novas fábricas

Suzano e Arauco são alguns dos novos empreendimentos a serem instalados no Estado

Izabela Cavalcanti | 05/03/2023 15:16
Secretário Jaime Verruck dá palestra sobre como instituições podem atuar como agentes transformadores (Foto: Divulgação/Semadesc)
Secretário Jaime Verruck dá palestra sobre como instituições podem atuar como agentes transformadores (Foto: Divulgação/Semadesc)

Para manter a estimativa de crescimento de 5,5% ao ano, Mato Grosso do Sul terá de enfrentar desafios em termos de qualificação profissional para atender a demanda de mão de obra dos novos empreendimentos que irão se instalar no Estado.

Durante evento para gestores e colaboradores da Fiems (Federação das Indústrias de MS), na Escola da Construção, o secretário de Estado da Semadesc (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, falou sobre como a indústria por meio da Fiems e suas instituições (Sesi e Senai), podem atuar como agentes transformadores.

"É preciso mudar paradigmas em termos de qualificação e se aproximar cada vez mais da população. Investir nos jovens e criar uma nova mentalidade, mostrando que nem sempre a satisfação profissional vem a curto prazo. O emprego existe, os recursos estão aí, mas é preciso que a oportunidade chegue até as pessoas por meio da capacitação", salientou o secretário.

Verruck disse ainda que Mato Grosso do Sul é o estado que mais cresce no Brasil. “Somos a Unidade da Federação que mais cresce no País, um avanço de 8% nos últimos anos. Mas precisamos de uma resposta na qualificação, na educação para atender esse processo de crescimento. Nós precisamos de mais pessoas qualificadas. Nós precisamos trazer mais indústrias, nós precisamos ter mais indústrias qualificadas pra atender esses grandes empreendimentos em Mato Grosso do Sul", destacou.

O secretário também ressaltou que o Governo de Mato Grosso do Sul e outros parceiros devem focar também na capacitação voltada para o desenvolvimento sustentável do Estado.

As qualificações servirão para atender algumas das grandes fábricas que vão se instalar no Estado, como por exemplo, os quase R$ 50 bilhões a caminho apenas de projetos da iniciativa privada no setor de celulose. A Suzano prevendo inaugurar o projeto Cerrado em 2024, e a Arauco iniciando as ações para a fábrica em Inocência.

Além disso, também estão em andamento, as obras da Rota Bioceânica, instalação de usinas de etanol de milho, de esmagamento de soja e expansão da indústria sucroalcooleira, entre outros segmentos.

Conforme Verruck, Mato Grosso do Sul será a referência em celulose com 30% da produção brasileira. "Trinta por cento do total da celulose brasileira sai do Mato Grosso do Sul. Então, o jogo da celulose está aqui. Este é o primeiro desafio da indústria. MS terá que ser referência também na mão de obra para a celulose. Para que quando encontrarem algum trabalhador do MS entendam que ele é uma referência no setor", finalizou.

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