Nota de R$ 200 pode demorar a chegar em MS, mas comércio já reclama do troco
Comerciantes avaliam que enfrentarão dificuldades para devolver dinheiro aos clientes
O Banco Central do Brasil lançou nesta quarta-feira (2) a nova cédula de R$ 200, mas quem quiser ter a novidade em mãos terá que esperar. O Campo Grande News apurou que a cédula deve demorar para chegar a Mato Grosso do Sul.
A informação é de que, pelo menos, nos próximos dias o novo valor ainda não deve circular, priorizando os grandes centros do País. Os comerciantes do centro da Capital, porém, agradecem a demora, já prevendo dificuldades com o troco.
Oficialmente, o Banco Central respondeu somente que “a distribuição será feita conforme a demanda” e Banco do Brasil informou que dará início ao suprimento das novas cédulas após o lançamento oficial. Já a Caixa Econômica respondeu somente que não tinha informação sobre a distribuição da nota.
Émerson de Souza, de 54 anos, é dono de loja de roupas femininas na Avenida Afonso Pena, Centro de Campo Grande, há 30 anos e já avalia “mais um problema”.
“Com essa pandemia trabalhamos com o caixa reduzido, nossa mercadoria é barata, o caixa fica com pouco dinheiro, aí a pessoa dá uma nota de R$ 200 acaba o troco”, prevê.
O comerciante acredita que a nova cédula beneficiará “quem trabalhar com muito dinheiro”. “Isso é uma bola fora. Não é o momento de ter uma nota dessa, para o pequeno comerciante não vai ajudar em nada. Pelo contrário, vai impactar no troco”, completa.
A subgerente de loja de cosméticos Fabiana de Oliveira, de 38 anos, também na Afonso Pena, também já está pensando na “dificuldade do caixa”.
“Com nota de 50 e 100 reais já passamos apuro. Para os comerciantes isso foi péssimo, não consigo ver um ponto positivo. O cliente leva uma lixa de R$ 1,50 e dá uma nota de 200, acaba todo o troco e não podemos nos negar a passar”, diz.
A gerente de loja de roupas Gleicy Campos, de 36 anos, também diz que o troco para o consumidor será prejudicado. “As pessoas estão utilizando mais cartão e o dinheiro entrando pouco, aí vem e dá uma de 200, complica”.
A cabeleireira Cristina Fernandes, de 50 anos, avalia que no caso dela especificamente a novidade será benéfica.
“Para mim serão só pontos positivos porque sempre tem que trocar, com a nota vou ter que trocar menos e o caixa não vai precisar de muito dinheiro”, conta. “Não fica um volume de notas grandes”, ressalta.
Confira abaixo dicas para evitar golpes e identificar as notas verdadeiras de R$ 1 a R$ 100
