ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, DOMINGO  22    CAMPO GRANDE 24º

Economia

Nova licitação de ferrovia em MS deve sair só no fim do ano que vem

Na semana passada foi aberto o edital para escolher empresa que fará consultoria do projeto

Nyelder Rodrigues | 22/06/2021 14:30
Governador Reinaldo Azambuja ao lado do secretário Jaime Verruck, durante a videoconferência (Foto: Divulgação/Chico Ribeiro)
Governador Reinaldo Azambuja ao lado do secretário Jaime Verruck, durante a videoconferência (Foto: Divulgação/Chico Ribeiro)

A nova licitação para escolher a empresa que vai administrar a ferrovia Malha Oeste, que corta Mato Grosso do Sul de leste à oeste e ainda liga o centro do Estado à região sul, deve acontecer até novembro de 2022, conforme revela a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

O chefe da pasta, Jaime Verruck, participou nessa manhã de reunião por videoconferência com autoridades e operadores de logística que acompanham o processo de relicitação após a Rumo abdicar da concessão que pertencia a ela.

"É uma artéria que liga também à Bolívia e ao Paraguai. Nós estamos trabalhando conjuntamente com o Governo Federal, com o PPI [Programa de Parcerias de Investimento], e com os ministérios para termos a relicitação e, na sequência, a reconstrução da Malha Oeste", destaca Verruck após o encontro.

Já o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) trata a ferrovia com um meio logístico que dá competitividade tanto às riquezas produzidas em Mato Grosso do Sul como às importadas. "Além do mais, é uma conexão ferroviária com a Bolívia em uma ferrovia que se chama transamericana, ela ligaria Mato Grosso do Sul aos portos do Oceano Pacífico".

Trecho que compreendem a Malha Oeste, antiga Noroeste do Brasil (Foto: Reprodução/ANTT)
Trecho que compreendem a Malha Oeste, antiga Noroeste do Brasil (Foto: Reprodução/ANTT)

Histórico - Tradicionalmente conhecida como Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a ferrovia teve grande impacto no desenvolvimento de Campo Grande como o principal polo do então Mato Grosso unificado, no início do século passado. Além disso, foi a porta de entrada de vários grupos de imigrantes na cidade.

A ferrovia também exerceu grande influência no crescimento de povoados que se tornaram potências regionais, como Três Lagoas, hoje conhecida como um dos principais polos brasileiros e mundiais da produção de celulose.

Apesar da grande relevância, a ferrovia ficou abandonada por décadas, se tornando um grande elefante branco. A estrutura chegou a ser licitada e entregue a Rumo, que acabou não desenvolvendo o trabalho pretendido ali e preferiu devolver a concessão.

Nos áureos tempos, a Noroeste do Brasil ligava Campo Grande à Corumbá - trecho onde também funcionou o transporte de passageiros no Trem do Pantanal -, passando por Aquidauana e Miranda, e também à Três Lagoas.

No Estado de São Paulo, entre as principais cidades que a linha férrea dava acesso estão Araçatuba (SP) e Bauru (SP) - depois a linha foi estendida até Mairinque (SP). Já no trecho do sul de Mato Grosso do Sul, a estrada de ferro que sai da Capital passava por Sidrolândia, Maracaju e encerrava sua malha em Ponta Porã.

Nos siga no Google Notícias