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Economia

Obras na fronteira avançam e primeiros 30 km serão entregues na sexta-feira

Região será utilizada para o escoamento da produção agropecuária de Mato Grosso do Sul até os portos do Chile

Gabriel Neris | 23/09/2019 17:18
Trecho de Carmelo Peralta a caminho de Loma Plata (Foto: Toninho Ruiz)
Trecho de Carmelo Peralta a caminho de Loma Plata (Foto: Toninho Ruiz)

As obras de pavimentação do Corredor Bioceânico, ligando Porto Murtinho e Carmelo Peralta, estão avançando. A expectativa é de que os primeiros 30 km de rodovia do Chaco dentro do município paraguaio, na região de fronteira, sejam entregues na sexta-feira (27) com a presença de ministros e também do presidente paraguaio Mario Abdo Benítez.

A região será utilizada para o escoamento da produção agropecuária até os portos do Chile. Mais de R$ 650 milhões serão injetados em dois anos, com recursos do Estado e da União. Serão asfaltados 497 km de Carmelo Peralta a Loma Plata. A obra custa US$ 420 milhões e está sendo executada pelo Consórcio Corredor Vial Oceânico, que deve cumprir a previsão de conclusão deste primeiro lote.

O primeiro trecho que será entregue a população já está asfaltada, sinalizada verticalmente e conta com trabalho de operários 24 horas por dia. A região tem sofrido com a seca, já que não há registro de chuva desde junho, e umidade relativa do ar abaixo dos 20%. Por outro lado, o período tem colaborado para acelerar as obras.

A capacidade de escoamento fluvial de commodities, hoje de 460 mil toneladas/ano, será ampliada para 6 milhões de toneladas/ano, segundo a previsão do governo do Estado.

Trecho sem asfalto, mas com sistema de escoamento de água (Foto: Toninho Ruiz)
Trecho sem asfalto, mas com sistema de escoamento de água (Foto: Toninho Ruiz)

O Corredor Bioceânico deve reduzir em 17 dias o trajeto de viagem das commodities de Mato Grosso do Sul até o mercado asiático, embarcando nos portos do Chile, ao invés de utilizar os portos de Santos (SP) ou Paranaguá (PR).

Em julho, o Paraguai lançou a licitação do projeto executivo da ponte, que será inicia em 2020 com conclusão em três anos, ao custo de R$ 290 milhões. A estrutura de 680 metros será instalada no km 1032 da Hidrovia do Rio Paraguai.

Em Porto Murtinho, dois grandes empreendimentos estão sendo levantados. O porto da FV Cereais está com mais de 60% da obra concluída e deve antecipar a operação para março de 2020. A FV Cereais investe R$ 110 milhões no terminal, que terá capacidade para movimentar 2 milhões de toneladas/ano de grãos e açúcar. O grupo também vai importar fertilizantes do Uruguai, de onde já embarcou carga experimental de 2 mil toneladas em 2018.

Já o terminal para estacionamento de rodotrens, no km 679 da BR-267, deve concluir a pavimentação do espaço para 400 veículos em 400 meses.

Colaborou Toninho Ruiz

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