Países desaceleram compras e exportações de MS caem 23% no mês
A desaceleração do setor de minério de ferro, influenciado principalmente pela queda de 54% no preço médio da tonelada, contribuiu para que as exportações de Mato Grosso do Sul registrassem o pior resultado para o mês dos últimos cinco anos da série histórica, com receita de US$ 228,7 milhões.
Entre janeiro e setembro de 2015, a receita das exportações produtos industrializados teve queda de 23,8% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Radar Industrial da Fiems (Federação da Indústria de MS).
De janeiro a setembro de 2015, as maiores reduções ocorreram nos grupos “Extrativo Mineral”, “Complexo Frigorífico”, “Couros e Peles”, “Papel e Celulose” e “Óleos Vegetais”, com redução das receitas equivalentes a US$ 280, US$ 260, US$ 58,7, US$ 48,3 e US$ 24,1 milhões, respectivamente, totalizando uma queda superior a US$ 671 milhões.
Até segmentos fortes como Papel e Celulose, foram influenciados pela desaceleração da economia exter e tiveram queda de 5,9% nas receitas deste ano. "O resultado verificado teve como principal influência a diminuição das aquisições em importantes mercados compradores da celulose sul-mato-grossense, com destaque para a Holanda, Estados Unidos, Itália e Coreia do Sul, que, somados, compraram US$ 73 milhões a menos, quando comparado com igual período do ano passado. Bem como, na mesma comparação, pela redução de 7% do preço médio da tonelada da celulose”, explicou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
Ainda segundo a Fiems, a receita de exportação do Complexo Frigorífico, entre janeiro a setembro de 2015 alcançou o equivalente a US$ 653,1 milhões, apontando queda de 28,5% sobre igual período do ano anterior, quando a receita havia sido de US$ 913 milhões.
“A redução observada se deu, principalmente, por conta da forte diminuição das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com maior peso para a Rússia, que sozinha foi responsável por uma redução superior a US$ 225,6 milhões”, detalhou Ezequiel.