Pandemia reduz até a vontade de gastar do consumidor da Capital
Pesquisa da Fecomércio aponta que consumidor está mais temeroso com a situação e o desemprego
Reflexo da pandemia, a queda no consumo dos campograndenses diante do ano passado recuou 42,5%. A redução é motivada pelo temor com desemprego e agravamento da crise na economia. Com isso até mesmo a vontade de gastar ou a ICF (Intenção de Consumo das Famílias) de Campo Grande atingiu neste mês de maio o menor patamar desde setembro do ano passado, voltando para a zona negativa (abaixo dos 100 pontos), com 99,3 pontos.
Desde março, quando foram adotadas medidas de isolamento social para combater o avanço do coronavírus, o índice vem regredindo. “Um dos fatores que mais impactou nesse resultado foi a redução de vagas de trabalho, gerando um efeito dominó na economia”, explica o presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Edison Araújo. Somente na Capital foram mais de 4 mil vagas fechadas em abril.
A economista do IPF, Daniela Dias, explica que de abril para maio o índice que afere as perspectivas profissionais recuou 5,2% e 3,7% a percepção quanto à renda atual, bem como o nível atual de consumo (-2,8%) e a perspectiva de consumo (-3,8%).
“Vemos que já é maior também a dificuldade para acessar o crédito, hoje 25,4% relatam que o acesso ao crédito está mais difícil. Também é maior a parcela de consumidores que diz que reduziu o consumo em relação ao ano passado, 42,5%”, diz a economista, enfatizando que o empresário, para se manter no mercado diante da nova realidade, precisa estar atento ao novo modelo de negócios, que passa, principalmente pela compra à distância com entrega.