Petrobras quer celeridade no processo de venda de ativos liberados pelo TCU
Entre os desinvestimentos está a fábrica de fertilizantes de Três Lagoas, UFN-3
A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (20), a retomada do processo de venda da participação na empresa BR Distribuidora. O processo terá que ser reiniciado do zero, por determinação do TCU, mas o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que a empresa está trabalhando para recomeçar os desinvestimentos o mais rápido possível. No último dia 15, o TCU (Tribunal de Contas da União) liberou a venda de ativos da estatal, que estava suspensa por medida cautelar desde dezembro do ano passado. No mesmo processo, está a venda da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas (UFN-3 - Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), na divisa com São Paulo, 338 km a leste de Campo Grande.
De acordo com a Agência Brasil, a empresa deverá aplicar aos projetos de desinvestimento a sistemática aprovada pela diretoria executiva da companhia, com base em orientações do TCU, e reiniciar todos os negócios cujos contratos de compra e venda não tenham sido firmados. Na prática, a UFN-3 deverá passar pelo mesmo trâmite.
Há mais de dois anos parada, a UFN-3 deverá ser tocada por um consórcio chinês, que negocia a conclusão da obra e deverá pagar as dívidas que a estatal tem com centenas de fornecedores no município, que superam R$ 38 milhões.
As obras foram paralisadas em 2014 quando 82% dos serviços já estavam concluídos.
Com a liberação, a Petrobras, que decidiu sair de vários setores onde atua para se concentrar somente na produção e comercialização de petróleo e gás. A Petrobras investiu R$ 3,2 bilhões no empreendimento de Três Lagoas, que pode tornar o país autossuficiente na produção de fertilizantes.
“Certamente, pelo que já andou, isso vai nos ajudar a ser mais céleres no que será possível ser, porque tem prazos que temos que cumprir. Vejo com boas expectativas a gente andar rápido”, disse Parente, após se reunir com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Para ele, a decisão do TCU foi extremamente importante para a Petrobras, porque garante uma sistemática de desinvestimentos totalmente aprovada pelo tribunal.