Postos podem reajustar combustíveis em até R$ 0,36 ainda nesta semana
Reajuste ocorrerá devido a Medida Provisória 1227/2024, que limita o crédito do PIS/Cofins
Postos de combustíveis de Campo Grande estão com previsão de aumentar a gasolina ao consumidor até sexta-feira (14). O reajuste ocorrerá devido a Medida Provisória 1227/2024, que limita o crédito do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para abatimento de outros tributos.
No Posto Shell, a informação que chegou é que a alta será entre R$ 0,12 e R$ 0,36. “Amanhã ou depois já deve subir, porque chega a carga com o preço novo”, disse o gerente, que preferiu não se identificar.
No posto Petrobras, localizado na Avenida Calógeras com a Rua 26 de Agosto, é esperado reajuste entre R$ 0,08 e R$ 0,15. “Até sexta-feira já vai estar com preços novos”, pontuou o responsável pelo estabelecimento.
No posto Alloy, na Avenida Fernando Corrêa da Costa esquina com a Rua 14 de Julho, a previsão não é diferente. A estimativa também está entre R$ 0,08 e R$ 0,15. “A gente só sabe na hora que eles falam: ‘aumenta aí’. Bem provável que até sexta-feira deve aumentar”, contou o gerente.
Outro lado – Nessa história toda, quem precisa se preparar é o consumidor. O auxiliar administrativo, Rafael Macedo Leite, de 32 anos, já sabia do aumento e correu para abastecer.
“Eu fiquei sabendo que vai aumentar e já passei aqui para garantir. Estou enchendo o tanque e também estou levando para a fazenda”, disse. Ele estava com dois galões de 10 litros cada.
Por mês, ele conta que abastece entorno de R$ 350. “No final do mês acaba fazendo a diferença, por isso que é bom abastecer antes que aumente”, completou.
Já a técnica de Enfermagem, Amanda Mendes, de 26 anos, não sabia do reajuste. A cada duas semanas, ela gasta R$ 200 com combustível.
“Eu trabalho 12 por 36, a gente acaba rodando muito em Campo Grande e ando de um posto de saúde para outro, e acaba olhando as placas e para onde compensa”, disse.
Para ter mais controle, ela anota todas as vezes que abastece em uma planilha no celular. “Estou feliz que vim antes do aumento dos preços e saindo com o tanque cheio”, comemorou.
A aposentada Maria Oliveira, de 68 anos, diz que não se surpreende com mais um aumento do combustível. Ela gasta R$ 500 por mês.
“Não me impressiona que a gasolina vai aumentar de novo. Está tudo caro, é gasolina, é mercado, é lazer. A gente reclama hoje e não adianta nada”, lamentou.
Entenda – A MP foi publicada no dia 4 de junho, e serve como compensação à desoneração da folha salarial dos 17 setores que mais empregam e dos municípios.
Antes da Medida Provisória, as empresas conseguiam acumular créditos de PIS/Cofins para diminuir o pagamento de débitos de outros tributos federais. Agora, o Governo Federal limitou o uso dessas compensações para abater apenas o pagamento do próprio PIS/Cofins.
De acordo com o IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), a medida pode causar aumento de 4% a 7% na gasolina e de 1% a 4% no diesel.
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