Preço da gasolina depende de planilha de custos, diz presidente do Sinpetro
Durante a segunda reunião da redução do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do diesel no Estado, realizada hoje (5), presidente do Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos, Lubrificantes e Lojas de Conveniências de MS), Mário Shiraishi, comentou que a alta no preço da gasolina é por conta da dinâmica de mercado.
Como houve queda na pauta para o ICMS, o valor do combustível deveria cair, mas Shiraishi, comentou que o governo precisa fazer uma análise melhor, pois o a pauta baixou em detrimento à bomba.
"A pauta é medida pela bomba, o Sinpetro, não interfere nem no preço da bomba porque não nos compete, a entidade não pode interferir jamais no preço de venda, ele faz outras ações como captação de recursos. Em relação ao aumento, em janeiro o litro do combustível estava R$ 3,45, e não houve redução do valor desse valor", justifica.
Questionado sobre o como os postos conseguiram vender o litro da gasolina à R$ 2,88 por tanto tempo, Shiraishi argumenta que isso é dinâmica de mercado. "O preço não está só em R$ 3,39, ainda tem postos que vende a gasolina por R$ 2,88 o litro, é só andar que vai encontrar. O valor do combustível depende de como cada posto trabalha, vai depender da planilha de custo de cada um, do quadro de funcionários, o mercado é livre, não dá para interferir", argumenta.
O deputado estadual Paulo Corrêa (PR), também comentou sobre o preço da gasolina em Campo Grande que saltou de R$ 2,88 para R$ 3,49 em média, na mesma semana. Corrêa destacou o fato como estranho e disse que ficou surpreendido com o aumento de uma hora pra outra. "Não pode se alegar que a pauta esteja alta pois ela foi corrigida, foi corrigida a alíquota e mesmo assim a gasolina aumentou, algo está errado", diz.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), também criticou o reajuste simultâneo no preço da gasolina, que ficou 21% mais caro na Capital no fim de semana. Na última segunda-feira (3), durante a a inauguração do campus da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), ele destacou que o valor deveria cair.
A gasolina começou a subir no último dia 30, quando saltou de R$ 2,88 para em média R$ 3,30, o litro. No dia 1º de agosto, a maioria dos postos de Campo Grande já haviam reajustado o valor em R$ 3,49, um aumento de 21%.