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Economia

Preço da gasolina e gás subiram quase 40% em Campo Grande, aponta IBGE

Grupo de alimentos também apresentou intensa alta em vários itens, como as carnes, com 26,83%

Nyelder Rodrigues | 09/09/2021 13:26
Consumidor em posto de combustíveis visualizando os preços no local. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Consumidor em posto de combustíveis visualizando os preços no local. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Doze meses para se esquecer na vida dos brasileiros, afetados diretamente pela crise atual do país - se não houve controle a contento da pandemia de covid-19 em nome da economia, também não houve medidas suficientes para evitar problemas na economia. Em Campo Grande, os preços são preocupantes.

Conforme os dados da inflação oficial, aferida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Brasil, chamado IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), alimentos e combustíveis são os grandes vilões na capital sul-mato-grossense, com números que se aproximam de 40%.

Na classe de gastos habitacionais, chama a atenção, o crescimento de 37,53% em 12 meses dos preços dos combustíveis para veículos - aí estão inclusos gasolina, etanol e diesel. Já na classe de combustíveis domésticos (botijão, encanado ou carvão mineral), o preço subiu em um ano 35,89%.

No caso da gasolina, diesel e etanol, isso significa que para abastecer seu carro com o mesmo volume conseguido com R$ 100 em agosto de 2020, é preciso que você desembolse R$ 137,53 agora, número nada animadores para o consumidor.

Atualmente, conforme o levantamento mais recente da ANP (Agência Nacional de Petróleo), em Campo Grande, o botijão de gás de cozinha é vendido até R$ 95 na Capital. Já a gasolina é comercializada nesta semana entre R$ 5,79 e R$ 5,99.

Gás é o segundo "vilão" na inflação registrada em Campo Grande. (Foto: Aletheya Alves/Arquivo)
Gás é o segundo "vilão" na inflação registrada em Campo Grande. (Foto: Aletheya Alves/Arquivo)

Comida e energia - Outro gasto de relevância no dia a dia do consumidor que está deixando o bolso da população mais vazio é a energia elétrica residencial. Em 12 meses, o IBGE anotou um aumento de 20,42% na taxa, muito influenciada pela cobrança nacional de tarifas de bandeira vermelha por causa da crise hídrica.

Na categoria alimentar, os produtos classificados como óleos e gorduras apresentaram aumento de 39,47% em 12 meses, seguidos pelo preço das carnes, que registrou aumento de 26,88% - a recente e brusca parada de abates por causa de casos de "vaca louca" em Minas Gerais e Mato Grosso pode afetar ainda mais o preço.

Entre as hortaliças e verduras, a inflação média, muito influenciada pela seca e geadas constantes na região, foi de 25,54% no período. Açúcares e derivados apresentaram alta de 22,88%, seguido de 19,90% de aves e ovos, e 19,71% tubérculos, raízes e legumes, segundo os dados do IBGE.

Fechando a categoria de alimentação, entre os produtos classificados como carnes e peixes industrializados, a inflação nos últimos 12 meses em Campo Grande foi de 15,75%. Por fim, também chama a atenção na classe de vestuário o aumento de joias e bijuterias, que foi de 28,68%, na capital sul-mato-grossense.

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