Preços da gasolina e energia elétrica aumentam inflação em Campo Grande
Os preços da gasolina e da energia elétrica aumentaram a inflação em Campo Grande em agosto, depois de duas deflações consecutivas. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), no mês passado ficou em 0,15%.
De acordo com o Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp, mesmo com a alta, no comparativo da série histórica dos meses de agosto, a deste ano é a menor taxa desde 2005, quando a deflação foi de 0,37%.
O coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza, explica que os principais responsáveis pela inflação do mês passado foram o grupo de Transportes, com 1,16% e Habitação, com 0,42%. Mas o item que ajudou a segurar uma alta maior, foi o grupo Alimentação. "A expectativa para os próximos meses é que a inflação continue em patamares bem baixos, favorecendo a baixa dos juros e a retomada do crescimento econômico pelo país", explica.
Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada em Campo Grande é de 2,36%, índice abaixo do centro da meta estabelecida pelo CNM (Conselho Monetário Nacional), que é de 4,5%.
Já em oito meses de 2017, a inflação registrada aumentou de 1,01% para 1,16%, taxa ainda baixa quando comparada com o mesmo período de anos anteriores, só perdendo para o ano de 2006, quando o acumulado até agosto foi de 1,06%.
A maior inflação neste ano foi com o grupo Vestuário de 6,99%. Já o grupo Despesas Pessoais, se destaca pela taxa negativa de 2,81%, o que ajudou a conter a inflação em Campo Grande. "A alimentação também está tendo uma grande contribuição neste ano para frear a inflação, com um índice acumulado negativo de 3,58%", esclarece Corrêa.
Confira na tabela a seguir, os itens que ajudaram a segurar a inflação e os que contribuíram para o aumento:
Principais vilões da inflação em agosto: | Itens que contribuíram para segurar a inflação: |
Energia elétrica - inflação de 2,03% | Alcatra - deflação de 08,87% |
Gasolina - inflação de 4,26% | Costela - deflação de 14,79% |
Etanol - inflação de 4,15% | Patinho - deflação de 11,71% |
Batata - inflação de 12,07% | Televisor - deflação de 6,66% |
Vestido - inflação de 5,77% | Feijão - deflação de 3,20% |
Ovos - inflação de 7,41% | Tomate - deflação de 14,24% |
Linguiça - inflação de 8,82% | Sapato feminino - deflação de 5,72% |