Previsão segue otimista e valor bruto do campo deve chegar a R$ 26 bilhões
É otimista a previsão do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com relação ao VPB (Valor Bruto da Produção) Agropecuária de Mato Grosso do Sul, em 2015. A estimativa era de R$ 25,5 bilhões em maio, mas em junho a projeção subiu para R$ 26 bilhões e agora é 4,5% superior ao resultado obtido no ano passado, a partir da lavoura e pecuária.
Conforme a Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa, que faz a previsão todos os meses, os produtos que mais contribuem para a expectativa positiva são a cana-de-açúcar, soja e milho. Com os derivados da cana, o setor deve alcançar R$ 3,3 bilhões, ultrapassando o valor de 2014, que foi de R$ 2,9 bilhões. A diferença é de 13% caso a projeção se confirme.
As lavouras de soja passam a somar R$ 7,1 bilhões, o que representa aumento de 7%, em relação aos R$ 6,6 bilhões alcançados no ano passado. Com alta menos expressiva, o milho produzido em MS deve totalizar R$ 3,842 bilhões. A variação positiva é de apenas 0,32%, na comparação com os R$ 3,829 bilhões de 2014.
No total, os produtos vindos das lavouras devem elevar o valor bruto em 3,5%. No grupo, está também algodão, que pode ter queda de 18%, passando dos R$ 468,4 milhões para R$ 381,9 milhões. A cotação vem caindo desde 2013 e a reclamação dos produtores é com relação a China, que antes importava de Mato Grosso do Sul, mas hoje está cultivando e tem 65% do estoque mundial de fibra de algodão.
O valor bruto da pecuária deve continuar crescendo, com alta de 5,9%, neste ano. Segundo o Mapa, é esperado aumento de R$ 10,4 bilhões para R$ 11 bilhões, com o fim de 2015. Somente os bovinos, devem alcançar os R$ 8,7 bilhões, contra R$ 8,1 bilhões do ano passado.
Brasil – Em todo país, o VBP de 2015 é estimado em R$ 463,3 bilhões. As lavouras somam R$ 295,1 bilhões, o que representa uma redução de 1,8% em relação ao valor de 2014. Conforme o Mapa, a pecuária totaliza R$ 168,1 bilhões, aumento de 2,2% em comparação com o ano passado. São decisivos para o desempenho deste ano, os preços agrícolas mais baixos do que em 2014, para produtos importantes como milho, arroz, laranja e cana-de-açúcar.
