Puxado pela alface e óleo de soja, preço da cesta básica encarece 3,32%
Chuvas intensas e colheita do grão encareceram o preço dos alimentos em fevereiro
A alface encareceu 13,10% em fevereiro devido as chuvas intensas e foi um dos itens que contribuíram para que o preço da cesta básica do campo-grandense elevasse em 3,32% no mês passado.
De acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (7) pela Semade (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), o valor pago na cesta básica pelo consumidor foi de R$ 387,50, sendo que em janeiro, o valor desembolsado pelos alimentos foi de R$ 375,04.
Além da alface, o óleo de soja encareceu 8,60% devido as cotações internas da soja que estão em alta. O feijão encareceu 7,51% por causa do excesso de chuvas que quebrou a safra do grão, sendo que o Instituto Brasileiro do Feijão prevê desabastecimento entre 20 de fevereiro e 20 de abril, quando entra no mercado a segunda safra.
Alta de 5,45% no açúcar, 2,90% no preço do macarrão, a margarina encareceu 2,48%, seguido do valor do arroz em 2,29% e laranja e batata estão 1,62% mais caras.
Renda – A renda mensal de um trabalhador que recebe um salário mínimo no valor de R$ 880 teve comprometimento de 44% em fevereiro com a cesta básica, sendo que em janeiro, esse valor foi de 42,62%.
Para pagamento de água, energia, vestuário, lazer e serviços pessoais, o saldo do trabalhador foi de R$ 492,50. O funcionário precisou trabalhar 96h e 53 minutos em uma jornada de 220 horas mensal para comprar a cesta básica.
Batata, açúcar, laranja, tomate e óleo foram os produtos que ficaram mais caros nos últimos seis meses. Neste período, o único produto que apresentou queda no preço foi o leite.
Família – O valor desembolsado na cesta básica em uma família composta de cinco pessoas foi de R$ 1.602,90 em fevereiro. Isto representa alta de 3,56% se comparado com janeiro, quando o valor pago pelos alimentos foi de R$ 1.547,77.
Dentre os 44 produtos pesquisados pela Semade, 35 apresentaram alta de preços, cinco tiveram queda de preços e quatro mantiveram os preços.
Na pesquisa, a cenoura teve alta de 22,75% devido as chuvas no Sul e seca no Nordeste, favorecendo o aumento da procura em Minas Gerais. A cebola encareceu 11,89% também por causa da chuva, que afeta a safra e gera perdas de qualidade.
Alta de 13,09% na alface; 12% na couve; abobrinha 10,02%; mamão 9,43%; óleo 8,59%; feijão 7,55%; ovos 6,84% e alho 6,75%. Já os produtos em queda foram: leite 0,43% e manteiga 0,24%. Pão francês e queijo mantiveram seus preços inalterados.
Sete produtos de limpeza foram pesquisados, sendo que houve alta de 0,10% nos produtos. O desinfetante encareceu 4,61% em um mês, seguido da água sanitária 2,37%, sabão em barra 1,12% e detergente com alta de 0,65%. A espona de aço teve queda de 2,48% e o sabão em pó de 0,38%.