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Economia

Queda no preço da carne favorece deflação em julho na Capital

Ricardo Campos Jr. | 09/08/2017 10:41
Carne ficou 2,02% mais em conta na cidade durante o mês de julho (Foto: Marcos Ermínio)
Carne ficou 2,02% mais em conta na cidade durante o mês de julho (Foto: Marcos Ermínio)

Campo Grande fechou o mês de julho com deflação de 0,24% pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o menor índice entre as 13 capitais pesquisadas. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a queda de 2,02% no preço da carne foi um dos fatores que ajudaram a reter a inflação na cidade.

A cidade teve índices negativos pela terceira vez este ano. Em junho a deflação chegou a 0,40% e em abril fechou em -0,13%.

Em contrapartida, conforme o IBE, no acumulado dos últimos 12 meses o município registra inflação de 2,94%. Considerando apenas os sete primeiros meses de 2017 o IPCA fechou em 0,59%.

Ainda levando em consideração a série histórica, a deflação de julho perde apenas para 2014, quando a cidade passou a fazer parte da pesquisa. Naquele ano, o índice fechou em -0,25%, com aumento para 0,52% em 2015 e 0,74% em 2016.

Na contramão da carne, que ajudou a reter o aumento de preços, a energia elétrica sofreu variação de 1,67% favorecida principalmente pela entrada da bandeira amarela na tarifa do serviço durante o mês passado. Esse índice, contudo, foi o segundo menor do país.

A gasolina ficou 0,65% mais cara em julho e ajudou a reter a deflação
A gasolina ficou 0,65% mais cara em julho e ajudou a reter a deflação

A gasolina ficou 0,65% mais cara em julho graças à decisão do Governo Federal em aumentar impostos sobre os combustíveis. Porém, mesmo com os incrementos nas alíquotas, o etanol registrou queda de 0,77%.

No Brasil, o IPCA de julho apresentou variação de 0,01%. O acumulado no ano fechou em 3,76%, acima dos 3,18% de igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses o índice foi para 6,50%, abaixo dos 6,52% relativos aos doze meses anteriores. Em julho de 2013 a taxa havia sido 0,03%.

Oito das treze unidades federativas pesquisadas tiveram deflação. Essa desaceleração, conforme o resultado do estudo, foi fortemente influenciada pelos grupos transportes, com queda de 0,98% contra alta de 0,37% em junho, e despesas pessoais, que de 1,57% em junho passou para 0,12%.

Entre os alimentos, vários ficaram mais baratos de junho para julho, especialmente a batata inglesa (-18,84%) e o tomate (-17,33%). Em contrapartida, o leite teve alta de 2,16%, o que favoreceu o encarecimento de alguns derivados, como queijo (1,82%), leite em pó (0,87%) e iogurte (0,52%).

O IPCA, usado como índice oficial da inflação do País, refere-se às famílias com renda de um a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas, além de Campo Grande, Goiânia e Brasília.

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