Reinaldo acredita que fábrica ficará pronta no prazo, mas admite intervir
O governador eleito de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja (PSDB) acredita que a Petrobras e o Consórcio UFN 3 vão conseguir solucionar os problemas pelos quais passam e concluir as obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados em Três Lagoas - distante 338 km de Campo Grande. O prazo para a inauguração foi adiado por duas vezes e está previsto para o primeiro semestre de 2015.
"A Petrobras é uma grande empresa que passa realmente por momentos turbulentos, mas estamos na fase final do empreendimento que é um dos maiores do país. Não tenho dúvidas de que eles vão equacionar essa questão de caixa, cumprir com os pagamentos que que foi o que gerou essa grande instabilidade e concluir a obra", afirma Azambuja ao ressaltar que o empreendimento é de grande importância para o Estado e o país.
Azambuja explica que tem acompanhado de longe o andamento da empresa, já que até o fim desse ano "é papel do atual governador (André Puccinelli). Se continuar os problemas, quando assumir o governo vamos entrar em contato com a Petrobras", diz Reinaldo.
Para ele o "governo pode reivindicar junto a diretoria da Petrobras para que faça o cumprimento dessas metas, apesar de ser uma empresa privada e nós sabemos que é problema de caixa", destacou.
O governador André Puccinelli (PMDB) disse que sobre a "fábrica de fertilizantes é a Petrobras que fala" e que até o momento só sabe que a obra que era para inaugurar em abril e depois setembro desse ano, ficou para o primeiro semestre de 2015.
Impasse - Mais de 1.600 operários que trabalham na construção da obra foram demitidos recentemente, muitos deles alegam não ter recebido o acerto. O consórcio UFN 3, disse que tem concluído etapas da indústria e que as demissões fazem parte do cronograma.
Previsto para inaugurar em setembro deste ano, a abertura da fábrica de fertilizantes foi adiada para o primeiro semestre de 2015, após vários problemas na execução da obra.
Neste ano, empresários acusaram o Consórcio UFN3 de não efetuar o pagamento de seus fornecedores, formando uma dívida de R$ 8 milhões. Após uma série de reuniões, a Petrobras fez um cronograma de pagamento que previa a quitação da dívida até 31 de agosto.