Rota bioceânica vai desenvolver região de fronteira, diz secretário
Expectativa é melhor a economia da região, com a entrada de investimentos na cidade de Porto Murtinho
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Produção, Jaime Verruck, avalia que os incentivos fiscais, as obras e investimentos públicos vão viabilizar a rota bioceânica e ainda levar um desenvolvimento concreto para região de fronteira com o Paraguai, mas propriamente ao município de Porto Murtinho, onde será construída a ponte que ligará os dois países.
“O desenvolvimento da região é algo concreto, tem cronograma e está acontecendo. Porto Murtinho será a nossa nova Paranaguá”, avaliou Verruck, que ainda destaca que a inauguração do trecho da rodovia transcontinental, entregue em novembro, foi importante para infraestrutura e logística deste projeto, que pretende encurtar em 17 dias a chegada ao mercado asiático.
“Sem essa infraestrutura não teríamos a Bioceânica, e o Paraguai tem cumprido todo o cronograma estabelecido nos acordos com o Brasil”, ponderou. A ideia dos governantes é buscar o Oceano Pacífico por meio dos portos do Chile, em vez de usar as unidades de Paranaguá (PR) ou de Santos (SP).
O governo entende que com esta redução de distância haverá maior competitividade dos produtos do Estado para exportação, assim como preços mais baratos na importação. Neste contexto ainda entra o fomento e expansão do turismo local e desenvolvimento da fronteira.
Portos - Neste cenário aparece a cidade de Porto Murtinho, que fica a 431 km de Campo Grande. Ela terá um sistema intermodal de transporte para escoamento da produção, já acessando os corredores da rota bioceânica até os portos do Chile. Em dois anos, segundo o governo, a expectativa é que haja quatro portos operando no município, sendo que a ponte sobre o Rio Paraguai deve ficar em pronta em 2023.
Com a concessão de incentivos fiscais, isentando tarifas, o setor privado prevê o investimento de R$ 450 milhões na cidade em dois anos, com a construção de novos portos. O governo também lançou licitação para implantar o contorno viário, tendo um custo de R$ 28 milhões. A intenção é desviar o “tráfego pesado” do centro da cidade para os novos portos.